Desafios e possibilidades da clínica com demência: escutando o sujeito silenciado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Duarte, Thaís Barroso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21758
Resumo: Este trabalho teve como ponto de partida a experiência na Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso realizada no Núcleo de Atenção ao Idoso, serviço de Geriatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto vinculado à Universidade Aberta da Terceira Idade (NAI/HUPE/UnATI-UERJ). Devido à rearticulação do serviço por conta da pandemia, fiquei responsável por acompanhar, remotamente, alguns pacientes do ambulatório de demências e, então, surgiu o interesse em escutar clinicamente pessoas com demência e queixa relativas à memória. A categoria demência engloba uma série de doenças neurodegenerativas de etiologia desconhecida, mas com múltiplos aspectos causais. As terapias enfocam os aspectos biológicos e neurológicos para seu tratamento puramente cognitivo por intermédio de intervenções medicamentosas e/ou estimulação cognitiva para reabilitação. Neste sentido, cabe uma pergunta em torno do sujeito na demência que apresenta como principais questões os esquecimentos e as repetições. Este trabalho propôs-se a recuperar a dimensão subjetiva desses fenômenos, bem como chamar atenção para a amplitude e complexidade da questão, que engloba também aspectos sociais, históricos e culturais. Partindo do estudo sobre a velhice e o lugar do idoso na sociedade atual, buscou-se apresentar como essa condição repercute psiquicamente para as pessoas que estão vivendo a senescência e a senilidade. Em pessoas diagnosticadas com demência, é possível que haja uma desestruturação narcísica e um encontro com algo insuportável psiquicamente. Consideramos que a complexidade da questão requer uma investigação clínica mais apurada, uma maior delicadeza na transmissão do diagnóstico e, principalmente, um modo diferente de tratar o paciente ao incluir o sujeito.