Avaliação da variabilidade da frequência cardíaca e ocorrência de quedas em idosos com demência na Doença de Alzheimer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rodrigues, Evelize Antunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181786
Resumo: Introdução: O envelhecimento é um fenômeno mundial com grande impacto na saúde pública. Inerente a esse processo está a prevalência crescente de demências, as quais cursam com comprometimento cognitivo, comportamental e com interferência na capacidade funcional dos idosos. A Doença de Alzheimer (DA) é a causa mais prevalente de demências e estas têm mostrado prejuízo da função autonômica com implicações clínicas que podem ir além do risco cardiovascular. A medida da variabilidade de frequência cardíaca (VFC) afere a função autonômica, mas há divergências nos achados na DA e pouco se sabe sobre a relação dessa função e o risco de quedas entre pacientes dementados. Objetivos: Avaliar a atividade autonômica em indivíduos idosos com demência na doença de Alzheimer e comparar com idosos sem demência, além de verificar possível relação da variabilidade da frequência cardíaca com ocorrência de quedas. Métodos: Análise da VFC avaliada em idosos sem demência (Grupo Controle - GC) e com demência na Doença de Alzheimer (Grupo DA), com uso de cardiofrequencímetro, com medida em único dia em posição supina e ortostática, por dez minutos em cada posição. Foram verificados os componentes da VFC nos domínios tempo e frequência, além do histórico de quedas nos últimos três anos. Resultados: Os grupos foram homogêneos, com predominância do sexo feminino e médias de idade de 81 e 79 anos no grupo demência e controle, respectivamente. Sobre a VFC, no domínio tempo, na comparação intragrupos, entre a posição supina e ortostatismo, o intervalo R-R, que reflete apenas uma medida global da variabilidade, reduziu tanto para DA (p=0,0007) como para GC (p=0,003). No grupo DA houve ainda menores médias dos componentes de influência parassimpática em ortostatismo (RMSSD 12,5 x 8,2 ms; p=0,0008; PNN50 0 x 0%; p=0,018). No Domínio Frequência houve redução da alta frequência (AF) e aumento da baixa frequência (BF) e da relação das duas (BF/AF) para ambos os grupos, todas em unidades normalizadas: [(AF: 39,1 x 17,3; p=0,019 no DA e 47,4 x 24,7; p=0,016 no GC); (BF 60,7 x 82,7; p=0,019 no DA e 52,3 x 74,7; p= 0,016 no GC); (BF/AF: 1,55 x 4,78; p= 0,04 no DA e 1,11 x 3,02; p=0,026 no GC)], refletindo redução da atividade parassimpática e aumento da atividade simpática. No grupo DA houve maior número de quedas (p=0,021). Alguns componentes da VFC apresentaram interação com quedas. Em supino, na presença de queda para o DA, o iRR foi menor e o SDNN (predomínio simpático) também, assim como os componentes no domínio frequência MBF e BF/AF. Em ortostatismo, também para o DA, na presença de quedas, houve maior componente parassimpático (pNN50) e redução do componente simpático (BF/AF). Conclusão: Houve exacerbação simpática e redução parassimpática com ortostatismo para ambos os grupos, mas de forma mais acentuada no DA, o qual ainda mostrou comprometimento parassimpático no domínio tempo. Ainda, ocorreu maior índice de quedas no grupo DA com interação de componentes da VFC na presença de queda também neste grupo.