Imagine se tudo isso for verdade : O movimento Raeliano entre verdades, ficções e religiões da modernidade.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Machado, Carly Barboza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8390
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo analisar o Movimento Rae liano, grupo religioso criado por Claude Vourilhon que se auto denomina o Profeta Raël. Atribuindo a criação da vida humana na Terra a seres extraterrestres, o Movimento Raeliano teve origem na França e desde seu surgimento em 1973 expande sua atuação para diversos países, inclusive o Brasil, contando atualmente em seus números oficiais com sessenta mil adeptos em todo o mundo. Com perfil transnacional, este movimento difunde suas idéias através dos meios de comunicação de massa e seu evento de maior eficácia midiática foi o anúncio do nascimento do primeiro clone humano denominado Eva pelas lideranças do Movimento, em 2002. A cosmologia raeliana define -se como atéia e atribui suas idéias a fontes científicas extraterrestres. Este estudo desenvolve uma análise das idéias raelianas contidas na Mensagem dos Extraterrestres, articulando-as às verdades proféticas produzidas no campo científico e às ficções da literatura e do cinema também referidas à ciência. Assumindo como pressuposto que a mediação dos meios de comunicação de massa opera como estilo nas performances raelianas, esta pesquisa propõe ainda uma análise das construções do self e dos modos de relações raelianas a partir de categorias próprias da linguagem midiática como a fama e a construção de celebridades no interior deste grupo que faz de shows e festas experiências religiosas em seu ethos. Desdobrando idéias de uma ciência popularizada , analisa-se ainda no contexto desta investigação o protagonismo do cérebro como ícone sagrado raeliano e sua articulação com a polêrmica sobre a manipulação mental , bem como aspectos pertinentes à clonagem e a manipulação genética como projeto raeliano para o presente da humanidade. Polêrmico quanto à sexualidade livre sugerida a seus membros, este trabalho discute ainda o modelo moral do Movimento Raeliano, especificamente no que diz respeito às suas noções de feminilidade e família. Analisando o Movimento como uma performance da modernidade , este estudo procura discutir as conseqüências do projeto moderno levado ao extremo, provocando questões sobre o futuro e suas representações na vida social contemporânea.