Hepatite A e transfusão de sangue
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15028 |
Resumo: | O vírus da hepatite A tem distribuição mundial e apresenta maior disseminação em áreas onde são precárias as condições sanitárias e de higiene da população. Apresenta-se como uma doença típica da infância mas pode ocorrer em outras fases da vida do indivíduo. Quando acomete jovens e adultos até os 68 anos, pode ser transmitido por transfusão sanguínea. Esse estudo, realizado em doadores de sangue, desenvolveu-se em duas etapas: em um primeiro momento, foi relatado um caso raro de transmissão transfusional por HAV em pool de concentrado de plaquetas irradiado e concentrado de hemácias filtrado e irradiado, no INCA, a partir de uma mesma doação de doador, onde se determinou o subtipo de HAV e a carga viral do doador de sangue e dos dois pacientes. Como produto foi escrito um artigo sobre essa ocorrência. Em um segundo momento, demonstrou-se a prevalência de anticorpos anti-HAV, dos doadores de sangue no serviço de hemoterapia do INCA/HC1. Decorreu-se nos moldes da pesquisa retrospectiva de relato de caso, foram realizados procedimentos sorológicos, enzimáticos e molecular na amostra do doador de sangue soropositivo para anticorpos anti-HAV IgM e nas amostras de soro dos dois pacientes transfundidos com os hemocomponentes contaminados. A descrição da avaliação epidemiológica para HAV baseou-se em um estudo retrospectivo observacional, nas amostras das doações de sangue realizadas no INCA/HC1 no período de janeiro a dezembro de 2013. Verificou-se a presença de anticorpos anti-HAV IgM entre os doadores de sangue (5.633 amostras), a fim de identificar a chance de transmissão transfusional, numa população de pacientes portadores de doenças hematológicas e neoplasias. Um subgrupo de 2.058 amostras foi submetido à pesquisa de anticorpos anti-HAV IgG. Foi encontrada em 5.633 amostras uma prevalência de 0,05% (IC95% 0,00 a 0,11) de HAV IgM. E no subgrupo de 2058, testado para HAV IgG, a prevalência foi de 59,81% (IC95% 57,7% - 61,9%). As variáveis faixa etária, profissão, cor da pele e município de residência foram independentemente associadas com a presença de anticorpos anti-HAV IgG. Estes resultados encontraram consonância com a literatura pesquisada. Embora a prevalência de anticorpos anti-HAV IgM nos doadores do INCA seja baixa está comprovado que pode ocorrer hepatite A. É importante o conhecimento sobre a imunização de HAV e do perfil demográfico e socioeconômico da população de doadores de sangue no processo da triagem clínica. Particularmente relevante é a informação sobre vacinação de HAV em pacientes imunocomprometidos e com neoplasias hematológicas, que potencialmente necessitam de transfusão de sangue |