Nietzsche e a arte de ensinar Filosofia como linguagem criadora para a vida
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19534 |
Resumo: | Este trabalho tem como propósito analisar o uso da palavra como “ferramenta” para ensinar Filosofia. A escrita circula entre três caminhos inerentes a vida: pensar, sentir e agir. O tema é a arte de ensinar Filosofia. O objetivo é de refletir sobre o desafio de ensinar Filosofia por meio de uma linguagem que estimule o pensar por si, provoque “novos” pensamentos a “boas” ações diante das circunstâncias da vida. Essa linguagem representa o dizer filosófico em prol da transformação de si. Isso ocorre quando há uma tensão desse dizer entre a formalidade e a criatividade. Essa tensão representa um “jogo” no enfrentamento das forças da linguagem “prisioneira” pela razão a qualquer custo e das forças da linguagem “liberta” pela arte. A metodologia é teórica e está baseada nos escritos de Nietzsche. Bem como, a justificativa está amparada na ótica nietzschiana de que a vida se passa no universo da linguagem. O problema consiste na seguinte questão: a palavra, no momento de ensinar e aprender Filosofia, afeta e provoca um pensamento transformador, criador de si e afirmador da vida ou ela só é usada para comunicar, instruir com o objetivo de transmitir ideias formatadas? Esse problema implica numa provocação para se pensar nas seguintes questões: primeira, acerca do aprendizado da língua materna nos estabelecimentos de Ensino, sobre o cultivo de uma “língua morta” oriunda de uma tradição filosófica presa a abstrações, em detrimento da “língua viva” presente na vida concreta. Segunda, em relação a palavra como pulsão e afeto diante das circunstâncias da vida. Por fim, quanto às experiências e às vivências na prática de ensinar e aprender Filosofia. Nisso, a arte e a filosofia precisam estar unidas para exprimir sentires e pensares que se manifestam nas formas criativas e intensas no dizer a palavra no momento de ensinar e aprender Filosofia. Assim, mostrar a necessidade de dominar a língua materna e “ruminar” os textos filosóficos, priorizando nesses textos a interpretação e não a explicação em busca da verdade absoluta. Sustenta-se, portanto, a hipótese de que o dizer filosófico afeta quando ensina a pensar por si, a sentir diante das vicissitudes da vida e a agir com coragem. Logo, defende-se nesta Tese a inserção da linguagem como arte no âmago da Educação filosófica, fomentando a diferença e a criatividade em detrimento da padronização. Com isso, transmutar o modo do dizer “técnico”, padronizado, para a maneira de dizer “criativa”, provocativa no momento de ensinar e aprender Filosofia. |