Estudo do potencial antitumoral de derivados da pterocarpanoquinona LQB-118 em linhagens celulares de câncer de próstata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Thayssa Gomes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PC3
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22241
Resumo: Segundo a Organização Mundial de Saúde, o câncer de próstata está entre os mais incidentes, e no Brasil é o segundo mais comum entre os homens. Sabendo-se que esse é um tipo de câncer muito resistente, torna-se crucial a busca de novas alternativas terapêuticas. Estudos anteriores mostraram importante atividade citotóxica da pterocarpanoquinona LQB-118 sobre linhagens celulares leucêmicas e tumorais prostáticas. Visando buscar novas moléculas com ação citotóxica para o câncer de próstata, um conjunto de moléculas derivadas do LQB-118 foi sintetizado e avaliado quanto à sua citotoxicidade nesse tipo de câncer. Foram sintetizadas as moléculas LQB-471, LQB-472, LQB-473, LQB-474 e LQB-475, e a citotoxicidade foi analisada, pelo ensaio de MTT, em linhagens tumorais de próstata sensível (LNCaP) e resistente (PC3) a hormônio e na linhagem celular não tumoral (Vero). A viabilidade celular foi determinada pelo ensaio de exclusão do corante Azul de Tripan. O rastreamento da ação citotóxica mostrou que os derivados LQB-471, LQB-472 e LQB-474 induzem citotoxicidade sobre as células tumorais prostáticas LNCaP e PC3 a 10 µM, em 48 h, sendo o LQB-472 o mais ativo. Este induziu inibições de 75,6% e 84,5% sobre a atividade redutora mitocondrial de tais células, respectivamente. Os derivados LQB-471, LQB-472 e LQB-474 apresentaram IC50 de 12,46, 5,98 e 26,36 µM, respectivamente, para as células LNCaP, e de 16,58, 3,30 e 28,53 µM, respectivamente, para as células PC3, em 48 h. Como o LBQ-472 apresentou maior ação citotóxica, seus estudos foram então continuados, mostrando ação citotóxica tempo dependente sobre as células LNCaP e PC3. O melhor tempo de incubação com o LQB-472 foi o de 72 h, com citotoxicidade de 90,4% para as células LNCaP e de 96,2% para a PC3, na concentração de 10 µM, apresentando IC50 de 1,26µM e 0,96 µM, respectivamente, em 72 h. A linhagem celular não tumoral (Vero) apresentou valor de IC50 mais alto (7,14 µM) do que as linhagens tumorais, em 72 h. A utilização da técnica de exclusão do corante Azul de Tripan mostrou que a LQB-472 também inibe a proliferação de ambas as linhagens tumorais. Concluindo, o derivado LQB-472, único que possui dois grupos quinonas em sua estrutura, foi o que apresentou maior efeito citotóxico sobre as células tumorais prostáticas, tendo a linhagem celular resistente a hormônio (PC3) se mostrado mais sensível do que a responsiva (LNCaP). Adicionalmente, tal derivado induziu baixa citotoxicidade para as células sadias, indicando importante potencial terapêutico para o LQB-472 no câncer de próstata