O Teatro do Oprimido e os possíveis diálogos e transbordamentos entre espaços educacionais: uma etnografia junto ao grupo MareMoTO
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10768 |
Resumo: | O presente trabalho percorre um trajeto, junto ao grupo de Teatro do Oprimido (GTO) MareMoTO, com o intuito de compreender como se dão as relações dialógicas (FREIRE, 1968) e as produções de conhecimentos dentro de um GTO, assim como busca explorar a potência da metodologia no aprofundamento de articulações entre espaços educacionais formais e não formais, que superem a exclusão simbólica (XIBERRAS, 1993), a injustiça cognitiva (SANTOS, 2007) e instaurem epistemologias outras, partindo de narrativas polifônicas horizontalizantes. Para tal, aprofundamos os entrecruzamentos de cinco conceitos característicos da etnografia (CLIFFORD; MARCUS, 2016; MATTOS, 2011) e da metodologia pedagógico-político-teatral (BOAL, 2009) de forma a investigar como se dão as relações provenientes em galeras e como uma gestão da alteridade menos agressiva (MAFFESOLI, 2015) característica destes coletivos, potencializa a criação estética-epistemológica baseada em relações afeCtuosas (DELEUZE, 1991), que possibilitam uma ampla compreensão do real e formas de transforma-lo. Assim, partindo dos ensaios, apresentações e oficinas realizadas junto ao MareMoTO, compreendemos características que integram o TO, tais como: a transformação do espectador passivo em protagonista ativo (TEIXEIRA, 2007), a modificação da realidade através de linguagens invisibilizadas, a ampliação do diálogo sinestésico, a descentralização da voz que produz conhecimento, a instauração de um espaço horizontal, aberto e convidativo para um diálogo que propõe transformação em diferentes níveis, e o alargamento da produção estética como indissociavelmente produtora de conhecimento (VICTORIO, 2012). E assim, passamos a enxerga-lo como uma linguagem transgressora, com potencial de transbordar-se entre espaços educacionais formais e não formais, de forma a criar heterotopias e bolhas perceptivas (VANUCCI, 2016), que os encharcam (como bom MareMoTO que é) e provocam curtos-circuitos (DELEUZE, 2013), abrindo o presente das instituições educacionais para o futuro, não apenas com outras estéticas e conhecimentos, mas com outras formas de se produzi-los (SANTOS, 2007) |