Resposta inflamatória e imune do paciente com câncer gástrico submetido à terapia nutricional enteral e imunomoduladora
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8635 |
Resumo: | A suplementação com dieta imunomoduladora é recomendada no pré-operatório de cirurgias oncológicas de grande porte visando à redução das complicações infecciosas e tempo de internação. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da suplementação hiperproteica ou imunomoduladora na resposta nutricional, inflamatória e imune no pré-operatório e pós- operatório de pacientes com câncer gástrico. Trata-se de um estudo de coorte prospectiva, com intervenção, em pacientes do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Após a admissão todos os pacientes receberam dieta polimérica hiperprotéica para correção da ingestão proteico-calórica, durante a mediana de 96 dias no período pré-operatório. Cinco a sete dias antes da cirurgia, a dieta hiperproteica foi interrompida e iniciada dieta imunomoduladora. Na admissão, após dieta hiperproteica, após dieta imunomoduladora e no pós-operatório foram coletados parâmetros nutricionais, como: avaliação subjetiva global produzida pelo paciente (ASG-PPP), peso corporal, altura, índice de massa corporal (IMC), circunferência do braço (CB), circunferência muscular do braço (CMB), prega cutânea tricipital (PCT), percentual de perda de peso (%PP), albumina, pré-albumina; como parâmetros inflamatórios foram coletados: proteína C reativa (PCR) interleucinas 1 e 6 (IL-1; IL-6), fator de necrose tumoral- (TNF-), relação PCR/albumina e Glasgow Prognostic Score (GPS); dos parâmetros imunes foram coletados: linfócitos CD4, CD8 e células Natural Killer. Além disso, foi observado o desfecho até 30 dias no pós-operatório, quanto às taxas de complicações e óbito. Foram incluídos 37 pacientes sendo 59,5% do sexo masculino, 56,8% idosos (≥ 60 anos), 43,2% eutróficos segundo ASG-PPP e 81,1% com estadiamento avançado do câncer, 48,6% realizaram gastrectomia total, 29,4% apresentaram complicações e 11,8% foram a óbito. As complicações ocorreram principalmente naqueles pacientes, com maiores níveis de IL-6, com menor relação CD4/CD8 e menor ingestão proteico-calórica no pré-operatório, segundo teste t. Os pacientes que tiveram níveis de IL-6 acima de 2,1pg/mL apresentaram um risco 11,0 vezes maior de apresentarem complicações e/ou óbito no pós-operatório, segundo regressão logística ajustada por tempo pré-operatório (p=0,013; IC 95%=1,7 72,8). A presença de óbito foi maior naqueles indivíduos com relação PCR/albumina <0,2 (p=0,021) e GPS 1 e 2 (p=0,011), segundo teste Qui-quadrado. Conclui-se que os pacientes que consumiram mais de 80% da dieta imunomoduladora apresentaram maior CD4 no pós-operatório, embora não foi encontrado diminuição das complicações e tempo de internação. A suplementação hiperprotéica e imunomoduladora foi capaz de manter o estado nutricional e imune dos pacientes com câncer gástrico no período pré e pós-operatório, porém em relação aos parâmetros inflamatórios não houve diminuição após a suplementação imunomoduladora. |