Fatores oclusais e comportamentais influenciam no desenvolvimento das lesões cervicais não cariosas: respostas de um acompanhamento clínico de 25 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Maluf, Caroline Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20257
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a progressão das lesões cervicais não cariosas (LCNCs) já existentes em um grupo de pacientes e estabelecer a incidência de novas lesões em um período médio de 24,78 ±0,59 anos, relacionando-as com possíveis fatores de risco e aspectos oclusais. O estudo foi constituído de 3 etapas: a primeira em 1996; a segunda em 1999, e a terceira fase do estudo em 2021. Os participantes responderam aos questionários e seus respectivos modelos antigos e atuais foram escaneados para estabelecer comparações digitais entre LCNCs e os desgastes oclusais. Ao final, foram avaliados 33 indivíduos. Trinta pacientes apresentaram, ao menos, uma LCNC, e 31 apresentaram, ao menos, uma faceta de desgaste após 24,78 anos. A incidência das LCNCs foi de 7 novos indivíduos em relação a 1999. A progressão das LCNCs apresentou medianas de: 0,0% em 1996; 7,1% em 1999, e 35,7% em 2021 (p<0,05). Os desgastes oclusais em 1996 estão associados a 5,02 vezes mais chances de apresentarem LCNCs em 2021; já os desgastes oclusais em 1999 estão associados a 4,73 vezes mais chances de apresentarem LCNCs em 2021, e os desgastes oclusais em 2021 estão associados a 1,94 vezes mais chances de apresentarem LCNCs em 2021 (p<0,001). Enquanto a interferência oclusal em movimento excursivo está associada a uma chance de 3,55 vezes maior de apresentar LCNC em 2021 (p<0,001). Além disso, os fatores de riscos estatisticamente significantes foram ingestão de alimentação ácida (p=0,043) e ingestão de bebidas alcoólicas (p=0,021). Pode-se concluir que os fatores comportamentais e os fatores oclusais apresentaram correlação com as presenças de LCNCs após o período de avaliação.