O efeito do HIIT na síndrome metabólica: uma revisão sistemática com metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Teixeira, Bruno Cicero
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20636
Resumo: A síndrome metabólica (SM) é um conjunto de condições patológicas que estão associadas com um estado de desordem metabólica, próinflamatório e aterogênico. Os fatores de risco que fazem parte da SM são hipertensão, obesidade central, resistência a insulina e dislipidemia aterogênica. Por conta dessas alterações a chance de desenvolver doenças cardiovasculares aumenta e consequentemente o risco de mortalidade prematura. O exercício físico pode gerar impactos positivos nos componentes da SM e uma modalidade de exercício físico que tem recebido atenção nos últimos anos é o HIIT (high intensity interval training), contudo podemos observar que esse tipo de treinamento pode ser prescrito de diferentes formas e seus efeitos nos componentes da SM ainda são inconclusivos. O objetivo desse estudo é verificar o efeito do HIIT nos componentes da SM e quais protocolos de HIIT são mais utilizados em indivíduos com SM. Foi realizada uma busca nas bases de dados MEDLINE, Scielo, LILACS, Science Direct, SPORTDiscus, CINAHL, SCOPUS, Cochrane e Web of Science. Foram utilizados como descritores os termos “high intensity interval training” e “metabolic syndrome” e seus respectivos sinônimos, após a busca onze estudos atenderam os critérios de inclusão para analisarmos quais protocolos de HIIT são mais utilizados na literatura e dez estudos atenderam aos critérios de inclusão para verificarmos o efeito do HIIT na SM, foram utilizadas a escala de Jadad e a ferramenta Cochrane para avaliação da qualidade metodológica e risco de viés, respectivamente e para avaliar a nível de evidência da metanálise foi utilizada a ferramenta Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation Approach (GRADE). Foram observadas reduções na Circunferência de cintura (Cc) de -3,87 cm (IC 95%: -5,60 a -2,13), na Pressão arterial sistólica (PAS) (-5,38 mmHg; IC 95%: -8,55 a -2,20), Pressão arterial diastólica (PAD) (-4,46 mmHg; IC 95%: -6,83 a -2,09) e Pressão arterial média (PAM) (-3,49 mmHg; IC 95%: -5,47 a -1,51), na glicemia (-4,16 mg/dL; IC 95%: -8,12 a -0,20) e nas concentrações de triglicerídeos (-12,62 mg/dL; IC 95%: -23,57 a 1,68). Não foram observados aumentos nas concentrações da Lipoproteína de alta densidade (HDL) (1,41 mg/dL; IC 95%: -0,52 a 3,33). O protocolo de HIIT mais utilizado em indivíduos com SM foi o HIIT de alto volume, que consiste em 4 x 4 minutos em 90% da FCMax separados por 3 minutos de intervalo em 70% da FCMax. O HIIT apresentou benefícios na Cc, PAS, PAD, PAM, glicemia e triglicerídeos de pessoas com SM e pode ser recomendado e utilizado na prática clínica, auxiliando no tratamento de pessoas com SM. Além disso o protocolo de HIIT considerado de alto volume com 4 x 4 minutos em 90% da FCMax separados por 3 minutos de intervalo em 70% da FCMax foi o mais frequente e parece ser seguro pois não foram relatados eventos adversos com a sua utilização