Análise de SNPs e efeito de dois treinamentos de alta intensidade na capacidade aeróbia e variáveis de síndrome metabólica em indivíduos com sobrepeso/obesidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ferrari, Gustavo Duarte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-29082016-105109/
Resumo: A síndrome metabólica (SM) é uma somatória de fatores de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV), intimamente ligada à obesidade e, assim como a última, sua prevalência cresce mundialmente. Sua etiologia é complexa e suas causas são influenciadas por fatores ambientais e genéticos. Sabe-se que a elevação da capacidade cardiorrespiratória (VO2máx) seja um melhor atenuador do risco de mortalidade por DCV do que a própria obesidade. Atualmente a forma conhecida para aumento do VO2máx é o exercício físico aeróbio, porém vários indivíduos reportam falta de tempo para realização de uma rotina de exercícios físicos. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo comparar dois protocolos de treinamento aeróbio de alta intensidade e outro contínuo de moderada intensidade quanto à influência na capacidade cardiorrespiratória, variáveis de síndrome metabólica (circunferência da cintura - CC, glicemia de jejum, HDL, triglicérides e pressão arterial) e composição corporal (massa e percentual de gordura) em indivíduos com sobrepeso/obesidade e; observar a influência de polimorfismos dos genes visfatina e receptor tipo 1 de angiotensina 2 (AGTR1) nos níveis de glicemia, HDL, triglicérides e pressão arterial. 40 indivíduos foram divididos aleatoriamente em três grupos de treinamento: contínuo moderado (CM), 4x1 e 4x4. O grupo CM realizou cinco sessões semanais de treino por 30 minutos; os grupos 4x1 e 4x4 realizaram 3 sessões semanais com duração de 19 e 40 minutos, respectivamente. A intervenção durou 16 semanas e as sessões foram monitoradas quanto à frequência cardíaca para controlar a intensidade do exercício. O grupo CM se exercitou a 70% da frequência cardíaca máxima, enquanto os grupos 4x1 e 4x4 realizaram estímulos a 90% da frequência cardíaca máxima. Os resultados encontrados apontaram uma melhora na capacidade cardiorrespiratória em todos os grupos, sem diferença entre eles. Diminuição da massa corpórea, IMC, percentual de gordura somente no grupo 4x4. Diminuição de CC nos grupos 4x4 e CM. Os dados da análise genética não apontaram nenhuma relação entre os polimorfismos avaliados e as variáveis de interesse. Por fim, concluiu-se que o treinamento de alta intensidade com duração de 19 minutos promove resultados semelhantes ao treinamento de mesma intensidade e duração de 40 minutos e ao treinamento de intensidade moderada na capacidade cardiorrespiratória em indivíduos com sobrepeso/obesidade, sendo uma alternativa viável para treinamento físico com pouco volume.