O trabalho de assistentes sociais no contexto da pandemia: uma análise da produção acadêmico-profissional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Isabella Gouveia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23281
Resumo: O objetivo deste estudo foi o de conhecer e analisar as principais tendências acerca do trabalho de assistentes sociais no contexto pandêmico de coronavirus disease 19 (Covid-19), através de conhecimento e análise de parcela da produção acadêmico-profissional de Serviço Social. Trata-se de pesquisa bibliográfica, referenciada no materialismo histórico-dialético e de sistemática revisão, do tipo estado da arte, sobre três bases bibliográficas: periódicos científicos classificados como A1, na área de Serviço Social, pela QUALIS/CAPES, anais dos eventos XVII CBAS e do XVII ENPESS. Além de revisar teoricamente os temas trabalho; inserção do Serviço Social em processos de trabalho; natureza e papel do Estado capitalista e as políticas sociais; crise do capital e inflexões no Brasil e no contexto pandêmico, voltou-se para a sistemática revisão da produção acadêmico-profissional selecionada nas referidas bases. Com critérios de inclusão relacionados à pandemia, foram identificados 494 trabalhos e, entre eles,144 produções que tratam do trabalho de assistentes sociais no contexto da pandemia. A produção acadêmico-profissional foi analisada sob duas ordens: a primeira, como uma síntese geral, composta por esses 144 trabalhos, em suas principais caraterísticas e temas, a saber: predominância de estudos sobre políticas de Saúde e Assistência Social; acirramento da desproteção social e de inflexões das contrarreformas do Estado brasileiro no contexto pandêmico; problematização crítica da gestão da pandemia pelo governo Bolsonaro; divisão sexual do trabalho, entre outros. Posteriormente, a análise se deteve em 56 trabalhos, tomando como critérios de inclusão, exclusivamente, experiências concretas de trabalho de assistentes sociais em espaços sócio-ocupacionais específicos e em três temáticas centrais transversais à produção acadêmico-profissional selecionada. São resultados principais relacionados às temáticas analisadas: a) adoção das tecnologias da informação e comunicação (TICs), a despeito de seu reconhecimento como recurso facilitador, o ônus do trabalho; dilemas éticos; imposição de metas e produtividade; prejuízos a aspectos técnico-operativos; junção entre espaços de trabalho e da vida privada; e repercussões para a saúde dos trabalhadores, entre outros; b) requisições e demandas profissionais: necessidades colocadas aos(às) assistentes sociais por usuários, tais como, comprometimento da renda familiar; insegurança alimentar; negligências e violências; e demandas e requisições indevidas pela gestão; c) precarização do trabalho: seu aprofundamento, a partir de vínculos contratuais precários e baixa remuneração; sobrecarga e exigências de produtividade; condições e meios de trabalho inadequados, não fornecimento de EPIs; organização verticalizada de processos de trabalho e repercussões para a saúde. A despeito de importantes elementos proporcionados pela pesquisa, o estudo aponta para a reduzida produção acadêmico-profissional sobre o trabalho de assistentes sociais e, metodologicamente, para limitações identificadas nas bases de dados.