Acolhimento linguístico em curso: português com refugiados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Soares, Morgana Maria Pessôa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16934
Resumo: Nesta pesquisa, proponho um estudo cartográfico das práticas de acolhimento a refugiados, elegendo como campo produtor de pistas para análise o processo de produção dos materiais didáticos que vem acontecendo na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, conduzido pelo Projeto de Extensão Português para Refugiados (PPR), que acompanho desde as primeiras reuniões. Um estudo cartográfico supõe, como ensina Gilles Deleuze & Félix Guattari (2011), o mapeamento dos processos de produção de subjetividades, a partir da associação com a imagem de um rizoma. Este emaranhado de vitais foge da linearidade e conecta-se “em todas as direções” (DELEUZE & GUATTARI, 2011, p. 30), largando e alargando a visão binária de causa e efeito em prol da cromatização de matizes amparadas nas pistas que se apresentam. Por isso, estes processos de subjetivação são abertos a constantes modificações e/ou desmontes, ajustáveis e reajustáveis na medida do percurso da própria pesquisa. Esta, que ora se inicia não seria possível em outras bases senão no método cartográfico, sustentando permanente recepção de qualquer novo elemento que venha a somar possibilidades ao rizoma desta produção. A emergência que configura as políticas e as práticas de acolhimento a refugiados deve-se à intensificação dos fluxos da migração forçada, como temos acompanhado na mídia e redes sociais. O que me instiga, além da questão humanitária que emerge urgente em nosso tempo, é o reconhecimento de que estas que acolhemos são pessoas que, independentemente da identidade a elas atribuídas através da legislação pertinente ou da língua de acolhimento, precisam se comunicar rapidamente com a sociedade para dar continuidade às suas vidas já que o acesso à língua é mais do que o acesso a um instrumento de comunicação (DELEUZE; GUATTARI, 1995), mas de ordenamento também. Ou seja, cada vez que enunciamos queremos convencer nosso interlocutor de alguma maneira, seja pelo mínimo fato de fazê-lo nos ouvir, até acreditar no que estamos enunciando e/ou seguir um caminho apontado pelo nosso enunciado