Produtivismo e universidade: Impactos sobre a vida acadêmica.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Reich, Tatiana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
IMS
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4376
Resumo: Este trabalho teve como objeto de estudo os efeitos da lógica de avaliação da produção científica, em vigor no país, no Instituto de Medicina Social da UERJ (IMS/UERJ). Norteado pelo questionamento: até que ponto a lógica de mercado representa uma condição específica sobre o processo de produção e de avaliação do conhecimento científico? Apresentando-se como uma pesquisa qualitativa, teve por objetivo investigar e analisar os impactos da nova lógica de avaliação dos programas de pós-graduação, definidos e aplicados pela CAPES a partir de 1998, sobre a produção científica do IMS. Foi, então, realizada com base em análise documental e da literatura disponível sobre o tema. Além de entrevistas com a comunidade acadêmica do IMS. A amostra de pessoas entrevistadas foi composta por professores(as)/pesquisadores(as) que ocuparam Cargo de Direção do Instituto a partir de 1998 (um), Cargo de Coordenadores de pós-graduação a partir 1998 (cinco) e professores(as)/pesquisadores(as) que atuam no Instituto (dois). Para a análise dos dados coletados, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo, definindo-se categorias e subcategorias de análise, a partir da leitura flutuante da bibliografia, dos documentos e da transcrição das entrevistas. Cabe ressaltar que entre 2001 e 2013, o Instituto ascendeu gradualmente de uma nota de avaliação geral cinco para sete, promovendo, entretanto, questionamentos internos em relação ao significado de tal progressão. Como resultado, fizeram-se presentes, nos discursos dos entrevistados, questionamentos e críticas com relação a qualidade da produção científica e ao aspecto inovador desta. Além de críticas sobre os efeitos dessa nova lógica de produção científica, introduzida a partir das mudanças nos critérios de avaliação da CAPES, sobre as diferentes subáreas do seu programa de pós-graduação, no que diz respeito à manutenção da natureza interdisciplinar da saúde coletiva. Surgiram, também, considerações importantes sobre os impactos promovidos, por essa nova lógica, nas relações com os pares, no trabalho e na vida dos professores(as)/pesquisadores(as). Além de preocupações com o futuro da ciência, dos novos pesquisadores e dos alunos em formação.