Do divã à polis: um diálogo entre a Psicanálise e o sistema socioeducativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Espindola, Danielly da Costa Meirelles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19300
Resumo: A presente dissertação versa sobre o lugar da psicanálise entre a linha tênue que divide o cumprimento da lei e as questões do sujeito, a partir do atendimento a adolescentes em conflito com a lei. O sujeito na psicanálise é sempre suposto, é pontual e evanescente, ele comparece desde que o analista se disponha em determinada posição. Nossa questão: quais as coordenadas para acessá-lo nos perímetros do Sistema Socioeducativo. Se analisarmos a forma como o adolescente em cumprimento da medida socioeducativa é abordado, vemos que ele é posto no lugar de objeto de tutela e não de sujeito desejante. A relevância do trabalho da psicanálise no âmbito das medidas socioeducativas está em imiscuir, tanto nos discursos que ali circulam, quanto na própria prática, a importância da diferença que é desprezada. Assim como a importância da singularidade de cada caso que só pode aparecer a partir do momento em que realmente nos propomos em fazer surgir os sujeitos em suas falas, única maneira de nos afastarmos dos arranjos universalizantes do discurso jurídico. Além disso, a presente pesquisa avançou na discussão de que, em muitas vezes, nem mesmo na condição sujeito do direito o adolescente comparece à cena. Por meio do relato de fragmentos clínicos atendidos no Serviço de Medida Socioeducativa em Liberdade assistida, em interlocução com a teoria de Freud e Lacan, nos propomos a pensar quais são os alcances, desafios e limites das intervenções do psicólogo que tem transferência com a psicanálise, que atua na medida socioeducativa.