Avaliação da influência do estresse materno no período da pandemia de COVID-19 na manutenção da amamentação exclusiva
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22009 |
Resumo: | Os benefícios da amamentação para a saúde da mãe e do bebê são evidentes e suportam as estratégias que visam promover, proteger e apoiar a amamentação como condição de direito para à saúde e bem-estar de mulheres. O enfrentamento de situações estressantes no puérpero pode ter relação com o desmame precoce, porém essa associação durante a pandemia de COVID-19 não foi estudada. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do estresse materno percebido no período da pandemia de COVID-19 e de outros fatores associados na interrupção do aleitamento materno exclusivo. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do Hospital Universitário Pedro Ernesto - HUPE/UERJ. As participantes foram selecionadas por meio de buscas nas mídias socias através de perfis criados nas redes sociais para a pesquisa, utilizando hashtags específicas, da divulgação em grupos que reuniam um grande número de mães e da técnica “bola de neve”. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário on-line, respondido em dois momentos (antes e após os seis meses de vida da criança), no período de junho de 2020 a agosto de 2021. Utilizou-se a Escala de Estresse Percebido Reduzida (EEP) para avaliar o estresse. As análises estatísticas foram feitas no programa RStudio 3.6.3© (RStudio, PBC). Utilizou-se modelo de regressão logística estimando-se a razão de chances (odds ratio, OR) para avaliar a associação entre variáveis independentes com a interrupção do aleitamento materno exclusivo (AME), e os testes de Mann-Whitney e Correlação de Spearman para avaliar a associação entre o estresse percebido com a interrupção e a duração do AME, respectivamente. O nível de significância foi de 0,05. A amostra foi composta por 1.237 mães de bebês nascidos no período da pandemia de COVID-19. A média de duração do AME foi de 133 dias (dp ± 76). Houve associação significativa entre o uso de chupeta [OR= 2,80; IC (95%): 2,17-3,63; p-valor: <0,0001], baixo peso ao nascer [OR= 2,17; IC (95%): 1,18-4,09; p-valor: 0,001], idade materna [OR= 0,97; IC (95%): 0,95-0,99; p-valor: 0,01], retorno da mulher ao trabalho [OR= 1,70; IC (95%): 1,30-2,24; p-valor: <0,0001], a ausência de apoio para amamentar [OR= 6,37; IC (95%): 3,40-12,8; p-valor: <0,0001] e o medo de contaminação pela COVID-19 [OR= 1,54; IC (95%): 1,18-2,02; p-valor: 0,0001] com a interrupção do AME. Em relação aos níveis de estresse percebido, 2,3% das mulheres apresentaram nível baixo, 53,6% moderado e 44,1% alto. Entretanto, não foi observada associação entre o nível de estresse percebido com a interrupção (p-valor = 0,48) ou duração do AME (p-valor = 0,97). O estresse percebido autorrelatado por mães de bebês nascidos durante a pandemia de COVID-19 não influenciou a interrupção ou duração do AME. Entretanto, o uso de chupeta, o retorno da mulher ao trabalho, a ausência de apoio para amamentar e o medo de contaminação pela COVID-19 aumentou as chances de ocorrer essa interrupção. |