Variabilidade morfométrica e genética de Formicivora littorallis (Aves, thamnophilidae) em áreas insular e continental no estado do Rio de Janeiro

• Ano de defesa: 2014
• Autor(a) principal: Rubio, Tatiana Colombo
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução
• Palavras-chave em Português: Restinga Antwren; Atlantic Forest; Passeriformes; Antbirds; Microsatellite; Morphometry; Genetic variability; Formigueiro-do-litoral; Mata Atlântica; Thamnophilidae; Microssatélites; Morfometria; Variabilidade genética; Ave - Mata Atlântica; Ave Morfologia; Espécies em extinção; CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4948

Formicivora littoralis é a única ave endêmica de restinga do Brasil. Embora localmente abundante, ocorre apenas em uma área restrita na costa leste do Estado do Rio de Janeiro. Esta ave encontra-se ameaçada de extinção nos níveis regional, nacional e global, principalmente devido à acelerada supressão de habitat, além da degradação ambiental. Estudos ecológicos focados na espécie são indispensáveis para identificar os seus requisitos de habitat e garantir sua conservação. Os objetivos do presente estudo foram estimar a variabilidade morfométrica e a ocorrência de diferenciação genética e seu grau de estruturação em populações de F. littoralis em áreas insular (Ilha de Cabo Frio) e continental (Pontal do Atalaia, Praias das Conchas e do Forno (áreas Sul e Norte)). A variabilidade morfométrica foi estimada entre cada área amostrada e o dimorfismo sexual de tamanho confirmado ao nível molecular. A variabilidade genética foi medida em 104 indivíduos com o uso de primers de microssatélites heterólogos. O dimorfismo sexual de tamanho foi observado tanto na ilha quanto no continente, sendo as medidas maiores para os machos. Encontramos apoio para a regra insular , com tendência para algumas medidas maiores nos indivíduos da Ilha. As heterozigosidades médias esperada e observada foram de 0,38 e 0,35, respectivamente. A população estudada no Pontal do Atalaia apresentou os menores valores de diversidade alélica e heterozigosidade, e o maior valor de endogamia (FIS), indicando que este pode ser um processo importante nesta população. Os valores do índice de fixação de Wright (FST) gênico e genotípico evidenciaram a ocorrência de estruturação genética entre quase todas as populações (exceto Forno Sul e Norte), indicando que o fluxo gênico entre as populações pode ser reduzido. A análise Bayesiana mostrou que a população da Ilha de Cabo Frio é geneticamente diferenciada das demais