A infância candomblecista: Os aprendizados construídos pelas crianças no Terreiro Ilé Axé Igbá Omi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rodrigues, Maxsuel Quenil Pimentel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16965
Resumo: Diante da diversidade de religiões existentes no Brasil, escolheu-se o Candomblé, cuja trajetória foi marcada pela proibição, perseguição e silenciamento, fundamentados por uma concepção demonizada de suas práticas e de seus participantes. A análise aqui proposta pretende investigar, por meio da observação e de uma escuta sensível das crianças que frequentam o terreiro, como elas vivenciam a infância neste espaço, e de que maneira aprendem a lidar com as demandas implicadas como habitus religioso. Neste caso, trata-se de uma pesquisa etnográfica, na qual adotamos entrevistas individuais e a pesquisa participante. O campo de pesquisa é o terreiro de Candomblé Ilé Axé Igbá Omí, tendo como babalorixá o sr. Alexandre Cheuen de Logun Edé. A roça de santo está situada na cidade de São João de Meriti, na Baixada Fluminense e, reconhecendo a importância da atuação das crianças nas pesquisas acadêmicas, optamos por conhecer, ouvir e acompanhar 3 crianças que têm idades entre 4 e 12 anos. Ao ouvir essas crianças, minha pesquisa busca construir uma experiência, que coloca o Candomblé como detentor de uma cosmovisão, de base africana, com valores pautados sob uma visão de mundo milenar, que contraria, em parte, os valores da razão do Estado e, por conseguinte, da escola, pois estes, em muitos momentos, ainda estão ancorados numa visão eurocêntrica (branca, cristã e antiafricana)