Arcabouço estrutural, geometria e estrutura crustal das margens rifteadas do Oeste Africano SubSaariano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Aragão, Maria Alice Nascimento Fagundes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7017
Resumo: A margem continental do Oeste Africano SubSaariano é uma vasta região que se estende de Camarões a África do Sul, que abriga um ambiente tectônico no qual permite se reconhecer a coexistência de distintos tipos de margens - rica em magma, pobre em magma e transformante. O estudo integrado da geologia, sísmica e métodos potenciais permitiu a elaboração de um arcabouço estrutural que revelou que essas margens apresentam um conjunto correlacionável de elementos arquiteturais, entidades estas conhecidas como os domínios Proximal, Distal, Externo e Oceânico, que exibem uma sucessão sistemática em direção ao oceano. De um modo geral, esses domínios exibem certa continuidade ao longo de toda a margem continental. Nas regiões entre os distintos tipos de margens, a transição se processa de uma maneira gradativa, com interação entre os domínios estruturais e, às vezes, podendo ocorrer à superposição espacial e temporal dessas fases de deformação. Nesse contexto, o Domínio Externo muito característico na margem rica em magma, tende a desaparecer em direção ao norte, à medida que os domínios Distal e Proximal na margem pobre em magma vão tendo maior protagonismo. Do mesmo modo, se verifica o reaparecimento do Domínio Externo, na proporção que o Domínio Distal da margem pobre em magma (ao norte da Bacia do Gabão) registra a presença de perturbações decorrentes da atuação das zonas de fraturas. No Domínio Distal da margem pobre em magma, a natureza do embasamento foi interpretada como sendo constituída tanto pela crosta continental hiperestirada como pela crosta continental hiperestirada com infiltração do material fundido do manto, o que foi validado pelos perfis gravimétricos. A modelagem gravimétrica, em escala crustal, mostrou que, nas regiões de transição, sob a crosta hiperestirada, o manto subcrustal apresenta-se localmente anômalo, com densidade inferior ao observado nas regiões adjacentes. A presença dessa baixa densidade está sendo interpretada como conseqüência da formação de convecção de pequena escala, decorrente de uma provável alteração das condições de contorno imposta pela extensão ao se confrontar com regiões em que aflora um embasamento constituído por núcleos graníticos do Arqueano e com a presença de atividade magmática. Por fim, a nova proposta do limite crustal, principalmente na região da Bacia de Namibe (região de transição entre uma margem rica em magma para uma pobre em magma), quando sobreposta a um modelo de melhor ajuste na reconstrução de blocos continentais para a situação anterior a ruptura crustal (~133 Ma), mostra uma perfeita acomodação desse limite com as linhas de costa do Atlântico Sul, implicando numa drástica redução da lacuna decorrente da extensão entre os blocos crustais nessa região. Como consequência, ter-se-ia uma menor quantidade de movimentos horizontais a ser acomodado na porção continental, o que é consistente com o conhecimento atual da geologia nessa região. Outro ponto relevante, associado a esse limite crustal, é o fato dele exibir a mesma inflexão que a Província Ígnea do Paraná apresenta no bloco sul americano, nessa região