Estudo comparado da arquitetura crustal de dois segmentos de rifte de tipo rico em magmatismo (Bacia de Pelotas) e pobre em magmatismo (Bacia de Almada) na margem leste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gordon, Andres Cesar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7019
Resumo: O Sistema de riftes continentais que se iniciou no Jurássico tardio no sul de Argentina e evolucionou durante o inicio do Cretáceo na margem leste do Brasil anunciou a quebra do Gondwana e a formação do margem passiva divergente do Atlântico Sul. O rifteamento ao longo dos 7400 km da costa do Atlântico Sul foi muito complexa e mostra importantes variações de estilos tectônicos ao longo do seu rumo. A Bacia de Pelotas e a bacia de Almada são exemplos extremos destes processos complexos. A seção rifte da Bacia de Pelotas é caracterizado por :1) sistema de riftes largos (~280 Km), 2) escassos depósitos silicilasticos (< de 1,8 Km), 3) ausência de evaporitos, 4) abundante magmatismo de tipo pré, sin e pós tectônico, e 5) desenvolvimento de um estilo tectônico aproximadamente simétrico e distribuição bastante regular de falhas normais. Utilizando sísmica de reflexão, dados magnéticos, gravimétricos, informações de poço e dados públicos de sísmica de refração, se fez uma analise vulcano-estratigráfica para compreender os processos geológicos que aconteceram durante os períodos de formação da bacia. Reconheceram-se dez episódios vulcânicos de um ciclo magmatico que se iniciou com basaltos alcalinos de alto TiO2 (~125 Ma). Posteriormente, durante a fase principal do rifteamento, foram extrudidos grandes volumes de basaltos toleíticos de alto TiO2 na forma de cunhas de tipo SDR. O processo finalizou com a extrusão de camadas sub-horizontais de basaltos toleíticos de baixo TiO2 aos 118 Ma. A Bacia de Pelotas constitui um claro exemplo de uma margem de tipo rica em magmatismo mostrando uma evolução espacial e temporal da atividade magmática desde o rifteamento inicial, no continente, até a formação de crosta oceânica. No extremo oposto, a Bacia de Almada esta caracterizada por: 1) rifte estreito (<100 Km), 2) importante espessura de sedimentos pré, sin e pós rifte (de até 3.5 Km), 3) presença de evaporitos, 4) completa ausência de magmatismo pre e sin rifte, e 5) estilo tectônico assimétrico com desenvolvimento de grandes falhas lístricas que cortam completamente a crosta. Na latitude da Bacia de Almada a quebra da margem foi muito assimétrica. Na Bacia de Almada, sísmica 3D de boa qualidade permitiu interpretar a reflexão da Moho e facies sísmicas distintivas interpretadas como manto superior, crosta continental superior e inferior, e crosta oceânica. Esta analise sísmica integrada também com modelado gravimétrico 2d permitiu reconhecer um importante distensão crustal durante a fase de rifte. O segmento de Almada pode ser classificado como pobre em magmatismo com uma considerável distensão crustal, mas sem evidencias de exumação de manto. A formação de riftes continentais e margens de riftes e um processo tectônico fundamental controlado principalmente pela reologia e estado térmico da litosfera em distensão. Para complementar este estudo foram compilados resultados de modelos numéricos de elementos finitos que permitem explicar os processos geotectônicos que operaram na margem durante a formação dos segmentos de Pelotas e Almada