Acumulação de capital por corrupção política do Estado: uma abordagem histórico materialista
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Direito Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Direito |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18589 |
Resumo: | A tese demonstrada nesta pesquisa é que a corrupção política do Estado está envolta nos circuitos de acumulação de capital. Esta acumulação não é oriunda apenas do processo de exploração do trabalho e venda das mercadorias. O Estado exerce importante papel no processo de surgimento, desenvolvimento e consolidação do capitalismo. O problema da corrupção no Estado moderno surge no contexto material capitalista e para compreendê-lo é necessário entender este contexto. Por isto, o objetivo geral desta tese foi buscar a realidade concreta da corrupção política, pensando-a e compreendendo-a historicamente em seus diversos e contraditórios aspectos. A importância desta pesquisa justificou-se porque a corrupção política ainda carece de uma compreensão sistêmica e coesa desenvolvida em base histórica e materialista, capaz de desvendar a construção especulativa em torno dela, isto é, demonstrando como é concebida sua função e significado nas sociedades capitalistas numa análise crítica do Estado. No primeiro capítulo da tese foi feito um levantamento dos principais conceitos de corrupção política na literatura contemporânea, delimitando e adotando as características comuns neles destacados. No segundo, através da estrutura analítica dialética materialista, a corrupção foi investigada enquanto realidade desviante da aparência do Estado. Esta investigação crítica estudou a relação entre essência e aparência do Estado moderno e sua corrupção. O terceiro capítulo, por meio de análises teóricas filosóficas, enfrentou o problema de que a corrupção política do Estado está relacionado ao modo de produção capitalista, isto é, a base material em que o Estado está inserido. Neste momento da tese foi relevada a imbricação entre a esfera econômica produtiva com a organização política da sociedade, bem como com a subjetividade dos indivíduos. No quarto capítulo foram pesquisadas as premissas fundamentais da noção de corrupção, destacando as circunstâncias históricas que a possibilitou, isto é, as transformações econômicas da transição entre o modo de produção pré-moderno ao capitalista e as mudanças na organização política a elas vinculadas, tais como a distinção entre Estado e sociedade civil, bem como a burocracia, vinculada a esta distinção. O quinto capítulo teve por objetivo resgatar a história da tipificação legal da corrupção política, acompanhando as transformações materiais na Inglaterra, França e Brasil. No último capítulo foi analisado o caráter político e econômico do enfrentamento da corrupção política do Estado, confrontando a especulação da corrupção política com a sua atividade prática e seu papel na economia capitalista. |