Plantas tóxicas: os professores de Ciências e Biologia conhecem seus riscos?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rocha, Mariana Fernandes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Ambiente e Sociedade
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23130
Resumo: A espécie humana, assim como os demais animais, usa os recursos vegetais existentes e disponíveis na natureza. Essa utilização pode se dar de diversas formas, como: alimentação, ornamentação, medicinal, entre outras. Dentre a diversidade de plantas manipuladas nessa relação estão, também, as plantas tóxicas. Diversas plantas com ação tóxica são manipuladas pelo homem desde a antiguidade, principalmente para a caça. Entretanto, há algum tempo a ciência vem identificando que as pessoas demonstram mais interesse por animais do que plantas, fenômeno caracterizado como cegueira vegetal (“Plant blindness”). Segundo os últimos dados disponíveis do Registro do Sistema Nacional de Toxicologia (SINITOX), com sede na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), em 2017 foram registrados 821 casos de intoxicação humana por meio de plantas e desse total ocorreu 1 óbito. Conhecer as plantas tóxicas pode ser uma estratégia para a diminuição dos casos de acidentes. Estudos revelam que professores de ciências e biologia podem contribuir nesse processo de construção de conhecimento sobre as plantas tóxicas na escola. Este trabalho teve como objetivos identificar o conhecimento que professores de Ciências e Biologia possuem sobre plantas tóxicas; verificar que vivências o professor tem com plantas tóxicas; comparar o conhecimento que os professores possuem sobre animais tóxicos e plantas tóxicas, visando identificar uma possível “Cegueira Botânica”; identificar quais são as dificuldades que os professores têm para desenvolver o tema em sala de aula. A pesquisa consistiu em uma análise qualitativa, e foi realizada por meio de entrevista semiestruturada, que se deu através de aplicativo de vídeo chamada, gravada, por meio do aplicativo JitsiMeet, e posteriormente transcrita, com professores de Ciências e Biologia dos ensinos fundamental e médio, de escolas públicas e privadas do estado do Rio de Janeiro. Foram entrevistados 17 professores, com o auxílio de um roteiro de entrevistas com 25 perguntas abertas. A partir desta pesquisa e das análises de 12 entrevistas foi possível perceber que os professores de ciências e biologia sabem e trabalham mais em sala o tema animais peçonhentos e venenosos do que o tema plantas tóxicas, demonstrando assim, um comportamento zoocêntrico e, que contribui para a manutenção da cegueira botânica.