Valores de referência brasileiros para a técnica de oscilações forçadas
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8773 |
Resumo: | A técnica de oscilações forçadas (TOF) foi descrita pela primeira vez por DuBois et al., em 1956, mas só foi reconhecida na prática médica na década de 90 do século passado. No entanto, até o momento, não está completamente padronizada. Esta técnica fornece informações adicionais a respeito da mecânica ventilatória, sendo complementar aos demais testes de função pulmonar. Os resultados são obtidos requerendo mínima cooperação através da respiração espontânea com duração de poucos minutos. O exame fornece parâmetros de impedância respiratória para análise da função pulmonar, contribuindo com dados que facilitam a realização de testes funcionais respiratórios em condições onde os exames tradicionais não são factíveis. A maioria dos modelos para construção de equações de valores de referência para os testes de função pulmonar pressupõe estudos transversais em indivíduos livres de sintomas respiratórios, de quaisquer doenças e não fumantes. Critérios metodológicos rígidos requerem valores obtidos por operadores treinados utilizando técnicas e equipamentos apropriados de acordo com padrões internacionais. Além disso, os indivíduos estudados, para estabelecer valores de normalidade, devem ter as características semelhantes àquelas da população onde as equações de referência serão empregadas. Já existem valores de referência internacionais em função de sexo, idade e características antropométricas, propostos em vários estudos internacionais. No Brasil, não existem estudos para definir valores de referência para a TOF. O objetivo principal do presente estudo foi estabelecer valores de referência para a TOF, usando como variáveis dependentes, dentre os vários parâmetros de impedância respiratória, a resistência no intercepto (R0), a resistência em 6 Hz (R6), a reatância média entre 4 e 32 Hz (Xm) e complacência dinâmica do sistema respiratório (Cdin). Foram avaliados 288 indivíduos saudáveis, sem sintomas respiratórios e não fumantes que compareceram como voluntários ao Laboratório de Instrumentação Biomédica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Todos os indivíduos realizaram também uma espirometria a fim de afastar doenças respiratórias ou alérgicas. Houve diferença estatisticamente significativa em relação a todos os parâmetros de impedância respiratória analisados entre homens e mulheres. Desta forma, foram derivadas equações distintas para ambos os gêneros. Foi desenvolvido um modelo de regressão linear múltipla com a utilização das variáveis independentes idade, altura e peso. A altura demonstrou a melhor correlação com todos os parâmetros, sendo mais forte para resistência. A idade não demonstrou significância nos resultados para os parâmetros de resistência em ambos os gêneros, e somente demonstrou influência para Xm em mulheres. Os modelos se ajustaram melhor em equações logarítmicas para valores de R0 e R6 em homens e em equações exponenciais para valores de Cdin em homens e mulheres. Valores previstos para a TOF foram obtidos em amostra da população brasileira e foram expressos em forma de equação. |