Enteógenos na América Latina: experiências de realidade expandida
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6946 |
Resumo: | A partir de relatos literários de experiências com enteógenos na América Latina, este trabalho pretende gerar uma reflexão sobre o acesso ao conhecimento através de estados de consciência expandida. O uso de substâncias alteradoras da consciência faz parte de uma tradição milenar: diversas civilizações primigênias utilizaram fungos, cactos, sementes e plantas em geral como forma de adquirir conhecimento e de se relacionar com uma realidade complexa. Hoje, as sociedades urbanas experimentam uma redescoberta desses recursos, conhecidos no âmbito intelectual como enteógenos. O aumento do interesse da indústria farmacêutica pela síntese e a pesquisa dos efeitos médicos dos psicoativos na primeira metade do século XX, assim como a revolução contracultural iniciada nos Estados Unidos nos anos sessenta, instalam a questão do consumo livre após séculos de rejeição. Quais são os trajetos dos enteógenos na América Latina? Através da análise de dois relatos de experiências com enteógenos, o trabalho traça suas duas principais linhas de discussão da noção de experiência: transformação e comunicação. A primeira surge da análise da experiência de Horacio Quiroga com haxixe, um bad trip que afeta profundamente o autor, que passa rapidamente da curiosidade ao medo da morte. A segunda segue o relato do antropólogo Daniel Vidart, cuja experiência de êxtase xamânico nos fornece elementos para discutir a legitimidade da narração e os limites da linguagem. Por último, o trabalho considera a experiência pessoal do autor com rituais de ayahuasca no Rio de Janeiro, para estabelecer uma análise comparativa com os relatos anteriores, com base nas considerações sobre realidade comum e não comum de Carlos Castaneda. |