O que falam as festas: éticas e estéticas das coabitações noturnas no centro do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Barroso, Flávia Magalhães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19312
Resumo: A pesquisa dedica-se a investigar as festas urbanas que se estabelecem na contramão de aspectos do cotidiano da cidade. São analisadas manifestações festivas de rua que tornam visíveis desacordos em relação à dada questão da vida social. Entendemos que a partir de ações contestadoras – que podem tomar corpo nas festas de rua - podemos localizar tensões urbanas reveladoras do nosso tempo. Frente a um contexto de intensa produção de discursos de ódio e violência que preconizam o esvaziamento dos espaços gregários e públicos, buscamos investigar as ocupações festivas que exaltam o direito à cidade e enaltecem o poder do encontro e das socialidades diversas. As festividades, nesse sentido, fazem parte do jogo comunicacional urbano, podendo enunciar de modo singular certos anseios, desejos e expectativas dos atores. Partimos da premissa de que a festa realiza interfaces particulares entre o mundo do político, da cultura, da arte e do prazer e por isso, é lugar decisivo para a investigação da cidade. O que nos interessa aqui é justamente a vocação subversiva das festividades, por onde as mesmas podem nos convocar a refletir criticamente sobre a realidade. Por meio da cartografia, mapeamos práticas criativas que articulam momentos de expressão de modos dissensuais de experimentar a cidade. Através de táticas e dribles astutos da ordem, os atores festivos realizam questionamentos sobre a vida social. Buscamos refletir sobre a capacidade desses momentos de “brecha” em desenvolver fruições diversificadas e plurais sobre o urbano e, consequentemente, identificar quais são as sobrevivências dessas ações no cotidiano da cidade. Ou seja, buscamos entender de que forma a festa alicerça posicionamentos críticos em relação a cidade e quais são as possíveis marcas deixadas por essa experiência festiva tanto no corpo do ator urbano quanto no corpo da cidade.