Cultura de tecidos, avaliação do potencial genotóxico, antigenotóxico, antineoplásico e análise fitoquímica de Schwartzia brasiliensis Choisy (Marcgraviaceae)
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7901 |
Resumo: | Schwartzia brasiliensis é uma espécie nativa, com distribuição neotropical, encontrada geralmente em ambientes de restinga. Alguns estudos indicam seu potencial medicinal para as atividades analgésica, anti-inflamatória, antibacteriana, tripanocida e protetora ao DNA. Atualmente, o câncer é reconhecido como a doença responsável pelo maior número de óbitos no mundo, sendo seu tratamento geralmente invasivo e nem sempre eficaz, o que estimula a busca de novos fármacos, inclusive de origem vegetal. Considerando a necessidade de exploração dos recursos vegetais de forma sustentável, as técnicas de cultura de tecidos vegetais podem ser utilizadas como alternativa para a produção contínua de substâncias de interesse medicinal. Dessa forma, o presente trabalho objetivou o estabelecimento de diferentes sistemas de cultivo in vitro de S. brasiliensis visando à produção de metabólitos de interesse medicinal, avaliação do potencial genotóxico, antigenotóxico, antineoplásico e a determinação do perfil fitoquímico de extratos e frações de materiais obtidos in vivo e in vitro. Foram realizados estudos sobre a produção de calos e suspensões celulares e a influência de diferentes fitorreguladores, luminosidade, tipos de explantes e elicitores sobre estes sistemas. Adicionalmente, foram avaliados o potencial genotóxico, antigenotóxico, antineoplásico e o perfil fitoquímico do material obtido in vivo e in vitro. A adição dos fitorreguladores KIN e PIC propiciou a produção de calos friáveis, na presença ou ausência de luz, a partir de explantes foliares e caulinares, enquanto o uso do fitorregulador BAP associado ao ANA influenciou a produção de calos compactos a partir de explantes foliares, sob luminosidade. O uso do elicitor metil jasmonato induziu o maior acúmulo de biomassa em calos de S. brasiliensis. Culturas de células em suspensão foram estabelecidas a partir de calos friáveis obtidos a partir de explantes caulinares, sem luminosidade. Os extratos metanólico e aquoso de folhas e caules, assim como o extrato metanólico de suspensões celulares obtidas in vitro foram capazes de reduzir a quebra do DNA causado pelo SnCl2, e não causaram dano ao DNA. A avaliação do potencial antineoplásico de extratos e frações em células da linhagem K562 revelou, através do método de viabilidade celular por MTT, que a fração acetato de etila é a mais citotóxica (IC50 = 32,94±6,49 μg/mL), após resultado foi comprovado através da microscopia óptica. Avaliou-se, por citometria de fluxo, o tipo de morte, a fragmentação do DNA e alteração no ciclo celular induzidos pelas frações obtidas a partir de extrato metanólico de folhas de S. brasiliensis cultivada in vivo. Todas as frações induziram a morte celular, principalmente por necrose. Somente a fração aquosa causou maior fragmentação do DNA, quando comparada ao controle negativo. Paralelamente, as frações acetato de etila e hexano induziram um aumento do número de células na fase S do ciclo celular. As análises por CLAE-UV-DAD indicam que o potencial antigenotóxico e antineoplásico de S. brasiliensis cultivada in vivo e in vivo pode estar relacionado à presença de flavonoides. Estes resultados constituem os primeiros estudos realizados para a espécie |