Estreptococos do grupo B de origem humana e bovina: formação de biofilme e expressão de genes de resistência
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8643 |
Resumo: | Streptococcus agalactiae pode ocasionar infecções invasivas em humanos, principalmente em recém-nascidos, idosos e indivíduos imunocomprometidos. O S. agalactiae também é reconhecido como agente etiológico de mastite bovina clínica e subclínica, um dos maiores problemas para a indústria de laticínios. No Brasil, alguns grupos de pesquisa têm se dedicado a estudar a diversidade clonal, tipagem capsular e susceptibilidade antimicrobiana de S. agalactiae relacionadas com infecções humanas e bovinas. O presente estudo investigou as características fenotípicas e genotípicas de amostras de S. agalactiae isoladas de humanos (16 amostras) e de mastite bovina subclínica (16 amostras). Foram verificados os tipos capsulares, padrões de PFGE, perfis de susceptibilidade antimicrobiana e capacidade de formação de biofilme em superfície abiótica. De acordo com o ensaio de PCR, amostras de S. agalactiae isoladas de humanos foram identificadas como pertencentes ao genotipo capsular Ia (3 amostras), II (1 amostra), III (4 amostras), V (5 amostras) e não tipável (1 amostra). Todos os 16 isolados bovinos foram do genotipo capsular II e classificadas por PFGE em A1 / A2 (n=06), B1 / B2 (n=06), C (n=03) e D (n=01). Amostras humanas foram agrupadas em 14 pulsotipos. Os perfis de susceptibilidade aos antimicrobianos demonstraram que cepas de S. agalactiae humanas e bovinas foram 100% sensíveis à penicilina, ceftriaxona, levofloxacina, cloranfenicol, linezolida e vancomicina. Um nível elevado de resistência à tetraciclina foi observado em humanos (n =11; 73,33%) e bovinos (n = 14; 87,5%). Quatro (25%) das amostras bovinas e uma amotra (6,25%) dentre as humanas foram classificadas como multi-resistentes. Verificou-se a formação de biofilme na superfície de poliestireno para amostras humas e bovinas, apenas em amostras de bovinos, esta formação foi tempo dependente. O pH 6,5 aumentou significativamente a formação de biofilme para todas as amostras bovinas testadas. Este estudo demonstrou o aumento da produção de biofilme de S. agalactiae quando 1% de glicose foi adicionado ao meio de cultura. A produção de biofilme foi independente dos padrões de PFGE e perfis de susceptibilidade aos antimicrobianos. Nossos resultados sugerem que a produção de biofilme é modulada por fatores ambientais e a acidez fornece ao S. agalactiae vantagem na colonização da glândula mamária durante o desenvolvimento da mastite. |