Vidas em arquivo: cicatriz e memória em Rosângela Rennó e Silviano Santiago

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Santos, Marcelo dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5955
Resumo: A partir da discussão recente em torno da memória (anos 1980/90) e, particularmente, dos arquivos de artistas, quando esses documentos exercem a função de material de acesso à produção artística, à vida artística, aos dados exteriores e/ou transversais às obras, tomei como objetos de pesquisa a produção de dois artistas que dialogam estreitamente com o assunto: Rosângela Rennó, artista visual, e Silviano Santiago, escritor, poeta, crítico e teórico de literatura. A pesquisa tem, portanto, por objetivo, discutir de que forma a questão da memória, do arquivo e do corpo como lugar do arquivo de sensações e experiências percorre a obra dos dois artistas, abordando questões que pontuam a diversidade de suas produções. Para entender a direção das respostas, tento conceituar a ideia de cicatriz, nascida de um trabalho de Rennó, "Cicatriz", que, em dípticos, dispunha as fotos de tatuagens de presos extraídas do arquivo do Museu Penitenciário do Carandiru juntamente a textos em torno do registro fotográfico. Na obra de Rennó, a fissura está presente na relação de suplementaridade entre texto e imagem, quando ambos funcionam a favor de uma abertura de sentido, ao rasurar a coincidência entre eles. A ideia de cicatriz, ainda, está presente em acepções diferentes, como pretendo defender na tese, nas questões de identidade, interpretação, vida, corpo e memória na obra de Silviano Santiago, nas questões do personagem/livro dobradiça (do romance Stella Manhattan), do corpo escrito (de Em liberdade e De cócoras), da memória partida em fotogramas (Uma história de família) e na busca de um conceito-fissura, conceito-cicatriz na investigação da hermenêutica da identidade latino-americana (Uma literatura nos trópicos, As raízes e o labirinto da América Latina, Viagem ao México)