Diplomacia à prova de choque: as relações com países exportadores de petróleo e a busca pela segurança energética na política externa brasileira durante os governos Geisel e Figueiredo (1974-1985)
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16487 |
Resumo: | Na década de 1970, dois choques internacionais derivados de conflitos geopolíticos no Oriente Médio causaram um aumento exponencial nos preços do petróleo. Diversos países, e em especial aqueles que importavam este insumo, tiveram de ajustar suas políticas externas de modo a lidar com os choques. Nesta situação se encontrava o Brasil, que tinha elevada demanda por petróleo, devido ao processo de crescimento econômico acelerado observado à época. O objetivo dessa dissertação é identificar as reações da política externa brasileira diante destes choques internacionais, a partir de uma análise comparativa das relações entre o Brasil e os países exportadores de petróleo ao longo dos governos de Ernesto Geisel (1974-1979) e João Figueiredo (1979-1985). Partimos da hipótese de que, ainda que o objetivo da garantia de segurança energética do país tenha se mantido constante ao longo dos dois governos, as estratégias de abordagem da questão foram diferentes, sobretudo no nível de análise do indivíduo. A pesquisa foi realizada através da metodologia de rastreamento de processo, amparada na consulta de fontes primárias, com destaque para os acervos dos chanceleres Azeredo da Silveira e Saraiva Guerreiro, localizados no Centro de Documentação e Pesquisa de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC/FGV). A análise indica que os dois governos abordaram as crises energéticas de forma diferente: enquanto o governo Geisel empreendeu uma iniciativa de aproximação dos parceiros tradicionais da política externa brasileira nesta matéria, como os países árabes, no governo Figueiredo é possível verificar um movimento de diversificação de fornecedores, no qual o Brasil voltou as atenções para outras regiões, com destaque para a América Latina. Nesse sentido, identificamos uma mudança de estratégia (ou mudança de programa) na política externa brasileira diante da questão, impulsionada por choques externos e por um processo de reestruturação doméstica, como colocado por Hermann (1990). |