À base de experiências: a BNCC para a Educação Infantil e a organização curricular em campos de experiências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nascimento, Jéssica Couto e Silva do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20260
Resumo: O presente estudo tem como objetivo central problematizar a organização curricular na Educação Infantil em campos de experiência instituída pela BNCC (BRASIL, 2017). A formulação da política curricular se constitui em meio a diferentes disputas pela significação de um projeto para a infância, sua formação e aprendizagens. Os marcos legais que antecedem a BNCC já evidenciavam algumas das características difundidas na atual política curricular como, por exemplo, uma formação básica, orientada a partir da definição prévia dos conhecimentos a serem ensinados. Em diálogo com Lopes e Macedo (2011), Macedo (2004, 2006), Frangella (2009), em uma perspectiva pós-estrutural, compreendo o currículo como enunciação e, assim, como movimento constante de significação compreendendo a política curricular como um discurso em que os sentidos que lhe são atribuídos não são fixos, mas estão sempre em meio a tentativas de hegemonização. Tal perspectiva me permite problematizar as concepções favoráveis a homogeneização e tentativa de pleno controle dos sentidos produzidos nas creches e pré-escolas. O caminho teórico traçado ao longo da pesquisa buscou em diferentes aportes teóricos explorar as diferentes significações produzidas nas possibilidades de organização curricular e na noção de experiência. Deste modo, com base em Lopes e Macedo (2011) e Lopes (2008) investigo as diferentes vertentes teóricas sobre a organização curricular, reconhecendo as contribuições de Ralph Tyler e John Dewey sobre o tema. Buscando o aprofundamento nos sentidos sobre a experiência, exploro esta noção nas diferentes concepções teóricas de Dewey (1979), Benjamin (1984, 1985) e Derrida (2010, 2012). Com Derrida, discuto a noção de experiência como caminho que me aproxima da concepção de currículo defendida nessa dissertação, que compreende o currículo como prática cultural. Deste modo, em função da interlocução estabelecida com Derrida, tensiono perspectivas de controle e previsibilidade e compreendo a experiência como acontecimento. Nesse sentido, a experiência é sempre novidade, não cabe em repetições, planejamentos detalhados ou está atrelada a pré-requisitos.