Rede de apoio e discriminação: as diferentes associações com o adoecimento físico e mental em pacientes da Estratégia de Saúde da Família
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19964 |
Resumo: | Este trabalho buscou investigar a associação entre a rede de apoio e a experiência de discriminação ao adoecimento físico (hipertensão, diabetes e obesidade) e psíquico (ansiedade, depressão, transtorno depressivo-ansioso), no contexto da Estratégia de Saúde da Família (ESF), nos municípios do Rio de Janeiro e São Paulo. O presente estudo utilizou como fonte de informação o banco de dados de uma pesquisa realizada anteriormente intitulada Avaliação de um modelo de capacitação em saúde mental na atenção básica: cuidados integrais na prática do matriciamento. O banco de dados foi montado com a coleta de dados da referida pesquisa, sendo o nosso “n” composto de 1.466 respondentes. Para aferir o diagnóstico de doença física, foi preenchido um questionário pelo médico/enfermeiro; para detecção dos transtornos mentais, foi utilizado o Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD); para constatar o tipo de rede de apoio, foi utilizado o questionário geral. Neste último, aferiu-se a quantidade de amigos e parentes com os quais puderam contar em situações difíceis, a participação em atividades religiosas e de lazer coletivas e em trabalhos voluntários e reuniões em grupos comunitários. Para descrever a rede de apoio, foi utilizado o Índice de Rede Social (IRS) por meio das categorias: isolamento e integração. Para aferir a discriminação, foi utilizado o questionário geral que coletou dados sobre a percepção do participante sobre discriminação. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS 17. Observou-se a distribuição de frequência de cada variável, posteriormente, a realização da distribuição conjunta de frequências - incluindo as frequências relativas (porcentagens). Tais frequências foram calculadas em relação ao número total de participantes. Calculou-se também as prevalências gerais de cada uma das variáveis (com intervalos de confiança a 95%) incluindo os dados sociodemográficos, econômicos, e tipo de diagnósticos apresentados. Realizaram-se análises bivariadas por meio do qui-quadrado, associando as variáveis do Índice de Rede Social (isolamento e integração) aos desfechos: hipertensão, diabetes, obesidade, ansiedade e depressão, aferindo os valores de p. Nos resultados, verificou-se que o padrão da rede de apoio foi diferente entre as doenças físicas e os transtornos mentais. Detectaram-se associações negativas estatisticamente significativas do diabetes com o isolamento e da integração com ter ansiedade/depressão/transtorno depressivo-ansioso. Já as associações do isolamento com ter ansiedade/depressão/transtorno depressivo-ansioso foram positivas. Acerca da investigação sobre a experiência de discriminação e sua associação com a saúde, verificou-se que o padrão de associação foi diferente entre os diagnósticos de hipertensão, obesidade, ansiedade e depressão. As associações que ocorreram entre a discriminação e a hipertensão foram negativas, ao passo que, as associações entre a discriminação com obesidade, ansiedade e depressão foram todas positivas. Todas as acima referidas foram estatisticamente significativas. Diante dos resultados aponta-se para a necessidade de observação e intervenção destes fatores no atendimento a pacientes da Estratégia de Saúde da Família |