Discurso político no Twitter: como Marine Le Pen pensa a imigração
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21026 |
Resumo: | Esta pesquisa investiga o uso político-ideológico do Twitter, através de análises de tuítes de Marine Le Pen provenientes da conta pública @MLP_officiel. Dos dados surgiram as seguintes perguntas de pesquisa: De que maneira Marine Le Pen usa politicamente o seu Twitter? De quais estratégias discursivas ela faz uso para influenciar seus seguidores? Como ela pensa a imigração? Quais as possíveis consequências desses discursos? Tais perguntas visam cumprir objetivos de pesquisa que incluem: observar como se dá o uso político do Twitter; entender como Marine Le Pen categoriza a imigração; compreender se há estratégias de manipulação e quais seriam elas; refletir sobre as possíveis consequências e desdobramentos desses discursos. O trabalho insere-se no campo da Linguística Aplicada (LA) “indisciplinar”, seguindo a perspectiva de Moita Lopes (2006), prezando assim pela interdisciplinaridade e pela produção acadêmica potencialmente crítica e transformadora. Assim, a exemplo do que fizeram Lakoff (2016) e Hart (2010) em seus estudos críticos sobre os discursos políticos, proponho uma junção de Linguística Cognitiva (LC) e Análise Crítica do Discurso (ACD) no desenvolvimento das reflexões desta pesquisa. O arcabouço teórico do trabalho compõe-se, de forma interdisciplinar, dos conceitos de frame, metáfora e metonímia de teorias da LC, e da visão de ACD proposta por Fairclough (1992). Como conclusão das análises dos dados, percebi que existem estratégias cognitivo-discursivas que buscam vincular a imigração a aspectos negativos, como a violência, a falta de civilização e o tirar vantagem de uma situação. O discurso sinaliza que Le Pen parece querer convencer os eleitores de que existem riscos no acolhimento aos imigrantes, e que a melhor solução é rechaçá-los da França |