Tempo, vida, poesia: perfil autobiográfico na prosa drummondiana
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16421 |
Resumo: | O presente trabalho aborda Tempo, vida, poesia, obra ainda pouco estudada de Carlos Drummond de Andrade, publicada em 1986, produto final de uma série de oito entrevistas radiofônicas concedidas à amiga e jornalista Lya Cavalcanti, veiculadas, todos os domingos, pela PRA-2, Rádio Ministério da Educação e Cultura, na década de 1950. Objetivou-se apreciar o trabalho da narrativa enquanto media fundamental da recordação que se projeta sobre a memória dos vestígios autobiográficos do autor. Neste sentido, a performance do prosador em foco permite identificar o percurso de uma "vida literária", principalmente na empatia que estabelece com o receptor, e a matéria da recordação e memória constituídas em imagens, que figuram sua própria complexidade subjetiva enquanto “personagem”. A riqueza poética do artifício de escrita encena a oralidade da experiência singular do narrador, possibilitando uma compreensão ampliada do fazer literário em foco, principalmente no que se refere à autoironia e ao humor em relação à matéria da recordação e memória de sua própria vida, reatualizando leituras e críticas ao corpo canônico de seus escritos. Esta característica da obra permite analisar os traços do perfil autobiográfico do narrador que se integram harmonicamente à memória autobiográfica dos intelectuais no período do Estado Novo e à memória sociocultural do país, na medida em que a memória intelectual do autor, como crítico de seu tempo, contribui para ampliar a percepção da organização da cultura nacional entre 1920 e 1950 |