O masculinofeminino e o femininomasculino no corpo: experiências fílmicas acerca das sexualidades e nossas vivências com as imagens na sala de aula
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10016 |
Resumo: | A presente pesquisa traz para a discussão uma questão que vem ganhando visibilidade na nossa sociedade nos últimos anos: acompanhar a trajetória do masculino e do feminino no corpo de estudantes na sala de aula. Procuraremos dar ênfase aos enunciados performativos que indicam um lugar de ser homem ou mulher na formação do gênero e da sexualidade. Sobre uma possibilidade de descontinuidade do gênero investigo se esses estudantes, de ambos os sexos biológicos, podem se movimentar diante das possibilidades existentes no contexto da sala de aula. Na sala de aula questionamos que enunciados performativos do masculino e do feminino são reiterados para a constituição de uma identidade e como esses mesmos enunciados, podem indicar possibilidades de resistência, subversão, deslocamento e ressignificação na construção da(s) sexualidade(s). A pesquisa lança um olhar possível sobre as sexualidades e sobre os itinerários do masculinofeminino e do femininomasculino experimentados por esses estudantes. Para tal buscaremos estabelecer as proximidades e diferenças entre sexualidade, identidade e jogos de linguagem. Desta maneira, as formas corporais e subjetivas, na perspectiva de Foucault (1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2005 e 2010) e Butler (1997, 1999 e 2003) são de vital importância para pensar as relações de poder na sociedade, pois esses autores esquadrinham suas críticas à tradição dualística metafísica. Recorro, também, a Guacira Lopes Louro (2001, 2010 e 2011) no que tange a gênero, sexualidade e educação. A partir dessa paralaxe, argumentamos sobre a sexualidade e a subjetividade, sendo possível analisar como se dá a formação e entender particularidades de algumas dessas afetividades/sexualidades. Por fim é proposta uma reflexão sobre essa questão, levando o leitor a examinar os (pré)conceitos existentes na nossa sociedade. O trabalho de campo conta com os pressupostos da pesquisa ação de Michel Thiollent (1997), na interlocução com o cinema posto que o mesmo, por meio de uma cena, pode sustentar significados do que é dado a ver, definindo um campo visual e seus limites, o observador pode definir um campo de questões e seu estatuto, seu lugar na aparência individual e coletiva, trago os argumentos de Ismail Xavier (2003). Por meio de exibição dos filmes O Pequeno Nicolau (Laurent Tirard, 2010), A Guerra dos Botões (Yann Samuell, 2012) e O Ano Em Que Meus País Saíram De Férias (Cao Hamburger, 2006), com debates, oficinas, textos escritos pelos estudantes e observações do diário de campo, em três turmas do Projeto Autonomia na escola municipal Georg Pfisterer na cidade do Rio de Janeiro, foi possível tais observações. |