Os signos da contradição em Vidas Secas
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6219 |
Resumo: | Respaldada por um olhar semiótico direcionado aos estudos de Língua Portuguesa, a presente pesquisa visa a contribuir para o entendimento do romance Vidas Secas como obra literária representativa de um período histórico. A investigação das escolhas lexicais e da organização dos signos no tecido textual, a fim de que fosse possível perseguir a trilha desenhada na narrativa, possibilitou o delinear de um provável projeto comunicativo do autor. A principal hipótese desta pesquisa é a de que a obra em foco, ainda que não intencionalmente, representa uma contradição vivenciada pelo povo brasileiro no período histórico no qual se insere. Publicada no ano de 1938, na vigência do Estado Novo, Vidas Secas foi considerada como uma obra que retrata com fidelidade o homem sertanejo e o sertão nordestino. A fortuna crítica do romancista atesta seu compromisso político e social e, consequentemente, o reflexo desse posicionamento em suas obras. Sua necessidade de posicionar-se criticamente sobre aquele momento político sem, no entanto, correr o risco de nova reclusão, conduz à ideia de que o criador de Baleia tinha algo mais a dizer. Por isso, Graciliano Ramos usa a palavra, ou a ausência dela, para denunciar as contradições vivenciadas por seus conterrâneos. Logo, acredita-se que a obra em foco representa um projeto comunicativo, que vai além da superfície do texto escrito. Com o objetivo de rastrear as pistas deixadas pelo autor nessa configuração, buscou-se articular a Teoria da Iconicidade Verbal (TIV) e a Gramática Sistêmico-funcional (GSF) na investigação dos signos apreendidos na narrativa. A escolha dessas duas teorias deve-se ao fato de que ambas propõem formas de análise complementares para a interpretação de textos, literários ou não. Desse modo, pretende-se investigar as estratégias desenvolvidas pelo autor para a configuração de Vidas Secas e seu entendimento como obra literária representante de um período histórico. |