Humanos e animais em Vidas Secas, de Graciliano Ramos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Aquino, Felipe Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26039
Resumo: A presente dissertação lança um olhar sobre Vidas secas, de Graciliano Ramos, considerando sua dimensão estética como capaz de produzir transformações na percepção de mundo do leitor. A posição de sujeito da narrativa assumida pelas personagens através do uso do discurso indireto livre associa-se a um narrador onisciente em terceira pessoa que, em algum nível, respeita a voz das personagens e não faz prevalecer a sua voz, o que implicaria em tornar as personagens meros objetos da narrativa. Tal procedimento é associado ao vaqueiro Fabiano e à sua família, e, ainda, à cadela Baleia, resultando, por exemplo, no caso de Fabiano, em uma identificação não apenas negativa do sujeito com um animal; e, no caso de Baleia, temos um animal singularizado e detentor de uma visão de mundo, com o qual podemos compartilhar a experiência da existência animal conforme a imaginação de Graciliano Ramos. Na elaboração deste trabalho, foram utilizados conceitos como o de dialogismo, de Bakhtin, de identidade e estigma, a partir de Barth e Goffman, de preconceito linguístico extraído de Marcos Bagno, e de animalidade, a partir de Maria Esther Maciel.