Ontologia e poesia: uma estética da imanência em Fernando Pessoa

• Ano de defesa: 2007
• Autor(a) principal: Garcia, Gabriel Cid de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Letras
• Palavras-chave em Português: Fernando Pessoa; Contemporary philosophy; Pessoa, Fernando, 1885-1935 - Crítica e interpretação; Deleuze, Gilles, 1925-1995 - Crítica e interpretação; Ontologia; Filosofia moderna - Séc. XX; Filosofia contemporânea; CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULAS
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6243

O objetivo deste presente trabalho é o levantamento e a análise de questões tematizadas por Fernando Pessoa que possuam relevância para se pensar a heteronômia enquanto uma potência impessoal da expressão artística, em relação com conceitos e problemas colocados pela filosofia contemporânea, buscando a elaboração de um diálogo efetivo que venha a fortalecer os liames entre poesia e filosofia, criação e pensamento. Ao longo das cinco partes que compõe a dissertação, pretendemos analisar determinados aspectos levantados a partir de heterônimos específicos de Pessoa, que reaproximam a poesia de uma perspectiva ontológica. Pessoa buscou, em toda sua obra, uma diversificação de identidades, vozes diversas que reclamam lugares diferenciais de um sujeito que é desde sempre múltiplo. Sendo assim, a escrita pessoana permite não só um acesso consistente às questões que dizem respeito à vida e à própria relação entre homem e natureza, como produzem uma forma inédita de apresentação do pensamento, que questiona, a um só tempo, a própria filosofia e seus métodos tradicionais, tomando a linguagem por um campo de diferenças e tendo na heteronômia um exemplo vivo de uma literatura que se afasta das significações e produz sentido, livre de ideologias que buscam representar a realidade, atingindo uma dimensão intransitiva da linguagem e possibilitando uma relação com o mundo que não se diferencia da criação artística.