As mônicas no Vale dos Lírios: das santas fundadoras às freiras sublevadas do Monte Santo em Goa, de 1606 a 1738
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em História Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13550 |
Resumo: | O presente trabalho analisa os variados aspectos da comunidade do Convento de Sta. Mônica de Goa, desde sua fundação em 1606 a 1738, ano em que terminou a crise conventual instaurada a partir do conflito com o arcebispo D. Fr. Inácio de Sta. Teresa. Procura-se entender a população claustral principalmente as professas solenes, seus modos de vida, suas práticas administrativas e econômicas, seus interesses, suas relações com o exterior, suas redes de sociabilidade; para, a partir daí, compreender suas resistências e enfrentamentos em momentos de conflitos e crises. Com a finalidade de construir uma ponte entre o ideal de religiosa criado pelos agostinhos D. Fr. Aleixo de Menezes e Fr. Diogo de Sta. Anna e as freiras reais , observa-se a comunidade por esse ângulo menos explorado. Este estudo traz à luz uma ideia geral da origem diversificada daquelas mulheres que compunham a população conventual e analisa seu modo de vida através da hierarquia, da administração e da gerência do patrimônio conventual. A influência dos costumes locais na vivência das mônicas é observada tanto nas práticas econômicas adotadas pelas religiosas, como também nos desvios observados durante a crise do século XVIII. Com o estudo das cartas produzidas nessa crise, é possível captar a personalidade de algumas delas, além de entender a dinâmica da comunidade e as percepções de outros personagens envolvidos no longo conflito com o prelado. Enfim, esta tese percebe a participação dessas mulheres como agentes que atuaram ativamente nas dinâmicas social, religiosa, cultural, econômica e política do Oriente Português. Afinal, o convento terminou não sendo aquilo que deveria representar: uma comunidade de mulheres silenciosas, submissas e virtuosas. Muito pelo contrário, ele foi, de fato, um território religioso constituído por mulheres senhoras de suas vidas e suas decisões. |