Efeitos políticos e institucionais da cooperação de Brasil, China e Portugal em Cabo Verde e Guiné-Bissau
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciência Política |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17364 |
Resumo: | Esta tese discute as limitações, as contradições e o incumprimento da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento em relação aos próprios objetivos anunciados do desenvolvimento, trazendo-a para o campo de análise dos seus efeitos políticos e institucionais, como as relações de dependência produzidas e reproduzidas e que afetam sobretudo os países “beneficiários”. O objetivo geral da tese é analisar e compreender os efeitos políticos e institucionais da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento oficial de Brasil, China e Portugal em Cabo Verde e Guiné-Bissau, considerando-se que os recursos da cooperação destinados aos dois países, com o propósito de apoio ao desenvolvimento produzem múltiplos efeitos políticos. A principal hipótese é que o modelo tradicional da cooperação (Norte-Sul), neste caso o modelo da cooperação de Portugal, tende a contribuir para a conservação estrutural da dependência de Cabo Verde e Guiné-Bissau. Por sua vez, a Cooperação Sul-Sul, cujas principais doutrinas professam Brasil e China nos dois países africanos analisados, se manifesta ineficaz e/ou omisso do ponto de vista de geração de autonomia aos dois países “beneficiários”, quando não gera novas formas de heteronomia. No plano geral, embora ainda exista a dicotomia entre o modelo da Cooperação Norte-Sul e o modelo da CSS que se construiu ao longo da história, ela diminui drasticamente nas últimas duas décadas, com o engajamento dos new powers nos jogos políticos e econômicos internacionais. Em termos metodológicos, a tese combinou os padrões de cooperação dos países “doadores” (princípios, normas, instituições, tipo de recursos, eixos de atuação e práticas via projetos e financiamentos) com as condições estruturais dos países “beneficiários” (burocracias, nível de institucionalidade, nível de atuação e pressão das organizações sociais, estabilidade ou instabilidade política, uso de agência) para inferir os efeitos políticos e institucionais da CID. A tese privilegiou o método de análise qualitativa baseado em dois estudos de caso desenvolvidos pelo autor em Cabo Verde e Guiné-Bissau, análise de documentos oficiais, fala dos entrevistados e bibliografia especializada. |