A comunidade disciplinar de ensino de Química na produção de políticas curriculares para formação de professores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: César, Nathália Terra Barbosa Sathler Lenz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10773
Resumo: Esta pesquisa parte do entendimento das políticas de currículo como produções resultantes também das traduções de discursos políticos das comunidades disciplinares. A investigação centra-se no modo como os discursos das comunidades disciplinares contribuem para entender a produção dessas políticas. Nesse sentido, o foco específico deste trabalho é o de investigar os discursos sobre formação de professores (FP) na comunidade disciplinar de Educação Química (EQ), de forma a identificar as demandas dessa comunidade no que concerne às políticas nesse campo, e como esses sentidos vão sendo incorporados na defesa dessas demandas. A análise se refere às teses e dissertações defendidas no período de 2001 a 2010 que abordam a temática da formação de professores nesse campo disciplinar. Com base na teorização de Stephen Ball sobre o Ciclo Contínuo de Políticas e na concepção de demanda na teoria do discurso, argumento ser em defesa de suas demandas que a comunidade se insere nas lutas políticas de currículo para FP, por meio de articulações contingentes e provisórias que se formam em torno dos embates, das lutas e das demandas dos sujeitos que participam do ciclo de políticas. Tais demandas são articuladas a outras no jogo político, constituindo os sujeitos nessa luta. Em virtude da pouca ênfase nos estudos de currículo, defendo ser relevante, para atuar sobre essas políticas para FP, o diálogo com esse campo teórico, especialmente tendo por base o conhecimento das múltiplas diferenças nos currículos atualmente vigentes no ensino superior em Química no Brasil. A análise desses textos evidencia que os discursos curriculares da comunidade privilegiam a articulação entre teoria e prática, a aproximação entre conhecimentos específicos e pedagógicos, a formação de um docente autônomo, pesquisador e, acima de tudo, um reflexivo que avalie constantemente a sua prática docente, por estes ampliarem os sentidos defendidos pela comunidade. Também se mostra central a crítica contundente da formação de professores atualmente realizada, sem destaque para experiências exitosas, nem mesmo aquelas decorrentes da própria atuação das lideranças da comunidade disciplinar de Ensino de Química ao longo das últimas décadas