Conservação do sagüi-da-serra-escuro – Callithrix aurita (Primates): uma análise molecular e colorimétrica de populações do gênero Callithrix e seus híbridos
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18217 |
Resumo: | O sagüi-da-serra-escuro (Callithrix aurita) é um pequeno primata, endêmico das regiões de floresta de altitude da Mata Atlântica do Sudeste do Brasil, e que, além de estar classificado como “em perigo” pela Lista Nacional de Espécies Ameaçadas, tem sido objeto de preocupação adicional por parte dos conservacionistas. A perda de habitat e sobretudo o acelerado processo de invasão do seu território por sagüis de outras espécies, introduzidos pelas ações humanas, tem resultado em extinções locais e/ou no aparecimento de indivíduos híbridos entre o C. aurita e seus congêneres. A percepção da rápida expansão destes fenômenos tem demandado estudos que aumentem o conhecimento sobre a espécie nativa e seu relacionamento com o meio ambiente. Os objetivos deste trabalho são: realizar uma revisão sobre as análises moleculares como ferramenta de pesquisa e conservação de primatas, implementar uma caracterização molecular com o uso de marcadores de linhagem (COI e SRY) dos sagüis do gênero Callithrix – invasores, híbridos e “puros” – que atualmente ocorrem no Estado do Rio de Janeiro, identificar primatas neotropicais do gênero Callithrix com o uso de mini-amplicons de COI em amostras de museu, e realizar uma caracterização colorimétrica dos sagüis-da-serra-escuro, invasores e híbridos presentes na Mata Atlântica do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo através do uso de imagens fotográficas padronizadas. Para isso, além da pesquisa bibliográfica, 121 amostras biologicas foram retiradas de indivíduos de vida livre e de cativeiro, e 16 amostras de diferentes tecidos foram tiradas de 10 especimes preservados em museus. Imagens fotograficas foram feitas de todos os indivíduos vivos. As análises genéticas usaram os marcadores moleculares COI e SRY, sendo que o COI resultou em 114 sequencias de 595 pb e o SRY resultou em fragmentos de 196 pb para C. aurita e de 205 pb para as outras espécies. Os mini-amplicons de COI geraram cinco sequencias sobrepostas de aproximadamente 200 pb. As análises moleculares revelaram mais haplótipos que as espécies consideradas válidas e comprovaram casos de hibridação em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, sendo que, somente no Rio de Janeiro e em São Paulo, com a especie nativa. A amostras de museu foram amplificadas com sucesso e a análise colorimétrica separou as três espécies C. aurita, C. jaccus e C. penicillata, mas não conseguir uma identificação exclusiva para os híbridos da espécie nativa. |