Interação da hidroclorotiazida com a albumina em condições fisiológicas normais e hiperglicêmica: estudo baseado em Técnicas Espectrofotométricas e Modelagem Molecular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Soares, Marilia Amável Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22444
Resumo: O presente trabalho apresenta os resultados de um estudo sobre a interação entre a hidroclorotiazida e a albumina sérica humana em solução tampão (tampão fosfato pH= 7,4) e soluções contendo glicose em concentração normoglicêmica (80 mg/dl) e hiperglicêmica (320 mg/dl), através das técnicas de absorção de UltraVioleta-Visivel, fluorescência em estado estacionário e sincronizada e dicroísmo circular a 37 ºC. Um estudo de docking molecular também foi realizado para verificar as possíveis interações entre o fármaco e a Albumina Sérica Humana na ausência e presença da glicose. A hidroclorotiazida é um anti-hipertensivo comercial amplamente utilizado em pacientes diabéticos hipertensos. A albumina sérica humana é a principal proteína carreadora usada no estudo de biodistribuição de fármacos. Os resultados de UV-Vis e espectrofulorimetria indicaram que a associação entre albumina e hidroclorotiazida gera uma perturbação no microambiente ao redor dos resíduos de aminoácidos aromáticos. Mesmo sendo espontânea (ΔG° <0 em todos os casos), a ligação da glicose afetou diretamente a capacidade de ligação da hidroclorotiazida à HSA, com uma redução na constante de ligação, Kb, de 2,17 ± 0,02 ×103 M-1 para 0,02 ± 0,02 ×103 M-1. A análise de dicroísmo confirmou que a glicose, em concentrações hiperglicêmicas, pode perturbar a estrutura proteica. De forma geral, os resultados experimentais e teóricos indicaram que o aumento do nível de glicose pode causar perturbação funcional na capacidade da albumina para ligar a hidroclorotiazida, reforçando a sugestão da necessidade de controle glicêmico para atingir a ação farmacoterapêutica esperada e evitar efeitos colaterais