Processo de Construção de Orientações Curriculares da Educação de Jovens e Adultos em Mesquita/RJ: Descolonização do Poder?
Ano de defesa: | 2014 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10706 |
Resumo: | A pesquisa objetivou acompanhar o processo de construção de orientações curriculares da educação de jovens e adultos (EJA) em Mesquita/RJ, realizado por meio de pesquisa participante, observando se as ações desenvolvidas promoveram ou não a descolonização do poder em relação ao currículo da EJA. A proposta teve início com a ressignificação do espaçotempo de formação continuada para professores que atuaram no Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, na Formação Inicial e Continuada com Ensino Fundamental (PROEJA FIC), de responsabilidade do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ). Diante dos entraves enfrentados por esta instituição, esse espaçotempo foi assumido pela equipe de EJA de Mesquita e compreendida como processo de formação docente, permanente e coletivo. A proposta desenvolvida buscou ser (inter)transdisciplinar valendo-se de eixos temáticos. Centros de estudo e planejamento aconteceram no contraturno do curso, para viabilizar a participação de todos os professores, em busca da construção de um currículo integrado. O trabalho de formação exigiu a participação dos sujeitos praticantespensantes sobre novos modos de fazer , a partir do perfil e necessidade dos educandos, o que gerou novos temas, sistematizados em rede de relações. Metodologicamente, a pesquisa participante promoveu um estudo de caso, envolvendo todos os sujeitos da pesquisa, educadores e educandos, distribuídos em quatro turmas, em três escolas da rede, em espaços/tempos de formação continuada e em sala de aula. Para desenvolvê-la foram utilizados questionários, aplicados a 38 dos 50 alunos matriculados e a nove professores. Posteriormente, realizaram-se entrevistas semiestruturadas com 12 educandos, e grupo focal com oito professores, além do coordenador pedagógico. O locus de pesquisa conectou-se a contextos mais amplos com os quais o campo da EJA dialoga, como acordos e documentos resultantes de Conferências Internacionais de Educação de Adultos (CONFINTEAs) e bases legais do direito à educação para todos no Brasil. A matriz teórica da pesquisa viabilizou um olhar investigativo sustentado pelo método de pensamento adotado, inspirado na teoria da complexidade. Os resultados levaram à compreensão de que pensar o currículo da EJA na prática cotidiana é um desafio que exige diálogo e articulação de diferentes dimensões da realidade sociocultural, de conhecimentos considerados universais e daqueles invisibilizados pela ciência moderna; assim como exige enfrentar as dificuldades do cotidiano de salas de aula, em busca de atender singularidades de jovens e adultos e estreitar o compromisso com os sujeitos da EJA, quanto ao direito à educação para todos |