Investigação do potencial citotóxico e mutagênico de extratos do gênero Vanilla spp. de interesse comercial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Araujo, Natália Gonçalves Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22359
Resumo: A Baunilha é uma das especiarias mais importantes do mundo, com grande valor econômico. O gênero Vanilla tem aproximadamente 120 espécies, sendo a Vanilla planifolia G. Jackson a principal espécie usada na produção global deste item presente nas indústrias de alimentos, perfumaria e farmacêutica. No entanto, com a grande exploração, várias espécies de Baunilha estão sob ameaça de extinção, criando um cenário de crise na produção de Baunilha. O gênero Vanilla tem uma descrição de uso medicinal por povos tradicionais, e alguns estudos já confirmaram sua atividade antiproliferativa. Por isso, é de grande interesse investigar espécies com potencial para ocupar esse mercado e que ocorrem naturalmente no território brasileiro, como a Vanilla chamissonis Klotzsch e a Vanilla bahiana Hoehne. Com esse propósito, a extração metanólica das duas espécies mencionadas foi realizada, juntamente com a da espécie V. planifolia. Análises do potencial mutagênico foram realizadas através do teste de Ames, e ensaios de viabilidade celular foram conduzidos, verificando o efeito dos extratos na atividade mitocondrial pelo ensaio WST em células de hepatocarcinoma humano, HepG2, e células de fibroblastos hepáticos de camundongo, FC3H. No teste de Ames, os ensaios foram realizados com concentrações na faixa de 0,5 a 5000 µg/placa e nas linhagens TA97a, TA98, TA100, TA102 e TA1535. Nenhuma das espécies estudadas mostrou mutagenicidade, com exceção da Vanilla planifolia na maior concentração na linhagem TA98. Os testes de viabilidade foram realizados em uma faixa de doses de 0,05 a 5000 µg/ml e com exposições de 24, 48 e 72 h. Nenhuma das espécies induziu citotoxicidade, sendo possível observar uma redução na viabilidade celular apenas na maior concentração, 5000 µg/ml, das três espécies e nas duas células testadas. Avaliou-se indução de genotoxicidade pelos extratos, nas concentrações de 0,5 à 500 µg/ml através do Ensaio Micronúcleo com Bloqueio de Citocinese. Não foi induzido dano genotóxico por indução de micronúcleo, pontes ou brotos. Além disso, não houve redução no NDI. Observando esses resultados, nota-se que as espécies não geraram mutagenicidade, citotoxicidade ou genotoxicidade, com exceção da maior dose, o que é um dado promissor na avaliação de novos compostos para uso humano, seja para fins alimentícios ou farmacêuticos.