Geografia e questões epistemológicas: a totalidade homem-meio e a superação do arquétipo N-H-E
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia - Faculdade de Formação de Professores (FFP) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20253 |
Resumo: | O modelo de sítio-situação estrutura N-H-E é o padrão de ciência que no correr do século XX se consolida como discurso geográfico em todo o mundo. Forma de acomodação destinada a impedir ou minimizar a pulverização fragmentária que contém dentro de si mesmo, esse modelo se sustenta, todavia, numa espécie de arquétipo que vem das fundações originárias da Geografia (Moreira, 2014, p. 57). É sabido que a Geografia nasce para atender aos governos e parece que assim tem permanecido até os dias atuais, uma vez que seus conteúdos muito pouco levam à transformação dos alunos no que diz respeito aos seus entendimentos sobre os que são repassados em sala de aula. Essa forma estrutural do saber fragmentado e arquetípico na Geografia, intitulado pelo autor Ruy Moreira como N-H-E, tem se materializado em Currículos e Livros didáticos por séculos, contribuindo incisivamente para a perda do objeto de estudo da disciplina ao longo dos séculos. Sendo assim, a pesquisa tem como objetivo, delinear a trajetória do arquétipo N-H-E na geografia desde Estrabão e Ptolomeu até os dias atuais, balizada pelo autor Ruy Moreira, bem como apresentar as perspectivas de arquétipo pelo autor, desde o lançamento na década de 1980 do texto: Geografia, ecologia, ideologia: a “Totalidade Homem-Meio” Hoje até o texto do ano de 2019 intitulado: A torre, o palimpsesto e a expropriação: olhando Tricart, Ab’Saber e Quaini pelos olhos da totalidade homem-meio. A metodologia utilizada foi o levantamento bibliográfico das obras do autor Ruy Moreira nos últimos quarenta anos, ao que tange o arquétipo em suas distintas reflexões acerca do assunto. O arquétipo N-H-E, é considerado um modelo classificatório que tem se mantido sob o modelo de fragmentação das partes pertencentes a um todo, bem como o “engavetamento” dos elementos da tríade por muitos séculos. A partir da evolução do pensamento geográfico permeado por pesquisas e diálogos ao longo do tempo, o N-H-E neste trabalho, será entendido como uma forma estrutural de se apresentar que se materializa principalmente em alguns livros didáticos que são utilizados no país. Como forma, seus elementos (Natureza, Homem e Economia) mesmo que atendam à uma estrutura, estão dispostos pela compartimentação e fragmentação que a classificação tem oferecido. Após a realização desta dissertação os resultados obtidos foram satisfatórios, uma vez que através dos diálogos e reflexões do autor, uma categoria será proposta como um eixo estrutural dos elementos da tríade podendo minimizar os impactos do arquétipo visto atualmente como modelo classificatório, e aqui tratado como modelo estrutural para a geografia enquanto ciência dos dias atuais. |