Madeiras das Leguminosae: um estudo anatômico e genético voltado à identificação de espécies
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7890 |
Resumo: | Considerando a necessidade de melhor caracterizar e identificar as espécies lenhosas brasileiras, estudamos as madeiras de espécies nativas da família Leguminosae sob os aspectos anatômicos e/ou genéticos. Para isso, foram selecionadas amostras de duas populações de Stryphnodendron polyphyllum, a fim de verificar a existência de variabilidade intraespecífica; sete espécies de Stryphnodendron, para avaliação de variabilidade interespecífica; nove espécies de Leguminosae do Parque Estadual da Ilha Grande (PEIG), a fim de avaliar a aplicabilidade de identificação genética e oito dessas espécies foram submetidas a avaliação da anatomia da madeira como recurso para identificação. A obtenção do material botânico ocorreu por coleta in situ e a partir de coleções de madeira de referência. Foram utilizados métodos usuais para anatomia da madeira e para extração de DNA foram utilizados dois métodos para avaliação. As análises anatômicas de S. polyphyllum evidenciaram variação intraespecífica com ocorrência de fibras gelatinosas, raios de tamanhos maiores, fibras de comprimentos menores, diâmetros menores das fibras e diâmetro menores das pontoações das fibras nos indivíduos coletados na Floresta Estacional Semidecidual influenciada por suprimento hídrico. A variação interespecífica observada no gênero Stryphnodendron, permitiu individualizar duas das sete espécies, S. paniculatum e S. polystachyum, pelo tipo de parênquima axial e número de células na largura dos raios. As espécies com ocorrência no PEIG foram individualizadas pelo: número de células na faixa de parênquima axial, estratificação dos elementos celulares, cristais prismáticos, fibras septadas e tipo de parênquima axial. Foi estabelecido um protocolo eficiente para a extração de DNA, a partir de amostras de madeira. A partir da otimização das condições de amplificação de marcadores do genoma do cloroplasto foram selecionados quatro marcadores de DNA microssatélites (cpSSR) e duas regiões intergênicas (trnL-F e psbA-trnH). Os espaçadores intergênicos foram eficientes para identificar geneticamente oito das nove espécies, entretanto trnF-L apresentou maior taxa de sucesso na discriminação de espécies. Os marcadores cpSSR possibilitaram discriminar e identificar geneticamente oito das nove espécies estudas. Para Pterocarpus rohrii foram observados múltiplos haplótipos para diferentes indivíduos. Concluímos que a anatomia da madeira permite identificar variações intraespecíficas e variações entre espécies de gêneros distintos. Todavia, a variação interespecífica, com base no gênero Stryphnodendron, não foi totalmente alcançada pela análise anatômica da madeira. Este resultado corrobora análise genética prévias que apontam o clado das espécies multifolioladas com uma diversificação mais recente. A existência de múltiplos haplótipos em Pterocarpus rohrii indica a necessidade de novos estudos taxonômicos para delimitação da espécie. Os resultados da anatomia da madeira quando comparados aos resultados genéticos, confirmam as características do xilema secundário como as mais conservativas entre os parâmetros vegetais e, portanto, capazes de fornecer bases firmes para os estudos taxonômicos, sistemáticos e filogenéticos. |