Marcadores anatômicos do lenho associados à tolerância à seca de ponteiros em Eucalyptus (Myrtaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Andrade, Itaina Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática
Mestrado em Botânica
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2564
Resumo: A seca de ponteiros do eucalipto é uma patologia vegetal caracterizada pela seca de ápices de galhos e ramos da haste principal e da incidência de lesões ou minicancros nas inserções dos ramos e folhas. Considerando a disponibilidade e a translocação de água e sais minerais na planta como fatores possivelmente associados à seca de ponteiro em eucalipto, cortes transversais e macerados do lenho e lenhos precoce e tardio de combinações de genótipo e clima foram avaliados visando associar as características de anatomia da madeira com a tolerância a seca de ponteiros. No primeiro capítulo, oito combinações de genótipo ambiente foram avaliadas, onde o diâmetro médio dos vasos no anel tardio, as variáveis SQDPCEP*106/DM2, SQDD e CHSQ permitiram a discriminação dos genótipos tolerante e médio tolerante. Quando avaliadas de acordo com o ambiente, as condições de menor precipitação resultaram em aumento do volume médio dos vasos e do índice de mesomorfia. Os genótipos tolerante e médio tolerante diferiram do suscetível quanto ao número médio de elementos de vaso/mm2, diâmetro médio dos elementos de vaso, índice de vulnerabilidade e variáveis de dispersão do diâmetro dos vasos e condutância hidráulica teórica. A análise de dispersão no gráfico de componentes principais permitiu a separação dos genótipos tolerante, médio tolerante e suscetível indicando que esta abordagem é viável para a discriminação de clones divergentes quanto à tolerância à seca de ponteiros em eucalipto. No segundo capítulo, onde foram avaliadas vinte e uma combinações, houve um efeito significativo de genótipo e ambiente, porém nenhuma das variáveis avaliadas permitiu a discriminação dos genótipos tolerante e médio tolerante do suscetível. Considerando a diferença significativa para o comprimento e diâmetro dos elementos de vaso no anel tardio, não se observou um padrão quanto à disponibilidade de água associada à precipitação anual. Ao analisar a distância euclidiana para o comprimento médio dos elementos de vaso no anel precoce entre os ambientes verificou-se que a comparação entre os ambientes com menor precipitação resultou em um agrupamento coerente entre o genótipo tolerante e médio tolerante, isolados do suscetível. A análise de componentes principais também não possibilitou a discriminação dos genótipos divergentes quanto à tolerância à seca de ponteiros. Apesar das diferenças estatísticas entre os genótipos e ambientes avaliados não permitirem o agrupamento quanto à tolerância a esta patologia, elas evidenciam diferenças entre os genótipos que podem ser interessantes para outros objetivos dentro de um programa de melhoramento.