Práticas literárias, feminismos zineiros: Nós, as poetas! E os papéis dos fanzines.
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19125 |
Resumo: | Esta dissertação tem como tema geral a relação entre produção poética e ativismos feministas em fanzines impressos, com ênfase nos zines criados por artistas e escritoras brasileiras na segunda década do século XXI. Nesse quadro temático, o principal objetivo é investigar as práticas literárias e feministas exercidas pelo coletivo ‘Nós, as poetas!’ no processo de construção de fanzines de poesia e artes visuais – processo cujas etapas propõe-se examinar como “práticas zineiras”. De forma complementar, apresenta-se uma síntese da trajetória de ‘Nós, as poetas!’ desde a sua formação, em 2016, no Rio de Janeiro, de modo a considerar a atuação artística e política desse coletivo no contexto social em que se situa. Como ferramentas teórico-metodológicas, conta-se com pesquisas brasileiras recentes acerca do objeto fanzine e seus circuitos alternativos em relação ao mercado editorial formal; com teorias do pensamento feminista negro, sobretudo no que tange ao conceito de interseccionalidade, a partir de trabalhos de Carla Akotirene, Kimberlé Crenshaw, Patricia Hill Collins e Sirma Bilge, entre outras autoras; e com a realização de entrevistas semi-estruturadas com integrantes de ‘Nós, as poetas!’. Com tais ferramentas, elabora-se um estudo transdisciplinar dos modos e meios pelos quais o coletivo tem produzido suas publicações independentes; e propõe-se uma leitura de páginas selecionadas das três edições do fanzine “Nós, as poetas!” lançadas entre 2016 e 2020, a fim de observar os principais efeitos da inscrição de seus textos poéticos, bem como dos feminismos com os quais dialogam, nas folhas efêmeras de seus suportes originais. Dessa forma, espera-se compreender os principais procedimentos poéticos e políticos por meio dos quais o coletivo ‘Nós, as poetas!’ tem construído arte e poesia neste (ou apesar deste) Brasil atual: tanto como expressões estéticas de ativismos feministas interseccionais quanto como objetos capazes de desestabilizar as estruturas discriminatórias que alicerçam o sistema literário brasileiro. |