[pt] ITINERÂNCIAS ZINE-FEMINISTAS: UM MERGULHAR EM DATILOGRAFIAS DE FÚRIA E SAUDADE
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46323&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46323&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.46323 |
Resumo: | [pt] Em 2015, iniciei uma investigação etnográfica com o objetivo de mapear e participar de coletivos feministas que estivessem ativos politicamente por meio da mídia fanzine, ou zines. Entre 2015-2018, arquivamos 101 zines das regiões Centro-Sul do Brasil; circulamos por envelopes na troca de cartas, por eventos punkfeministas e, principalmente, por feiras de zines a céu aberto. A vertigem da cidade do Rio de Janeiro-RJ, nosso locus de pesquisa, nos afetou enquanto o país passava por uma série de tombamentos nas macroestruturas de poder. Neste cenário, as zineiras (quem faz zines) formavam alianças em gestos de resistência às violências cotidianas da metrópole e elaboravam relações políticas velcro-provisórias (Gloria Anzaldúa), sendo os zines a sua principal mídia de emissão e prática de si (Michel Foucault). Em nosso campo de pesquisa pudemos refletir sobre as práticas de escrita zinefeministas contemporâneas; os gestos de revide às violações de limites (dentro e fora de espaços contraculturais); e, com Judith Butler, enxergar os levantes como potência desses coletivos. Além disso, mergulhamos no trabalho da dadaísta Hannah Höch para analisar os zines de nosso recorte. A proposta desta tese foi problematizar as noções de comunidade, amizade e sabedorias consagradas; além das próprias experiências ocorridas na pesquisa dentro do que chamamos de campo zinefeminista. Observamos as dinâmicas, afetações políticas e relações entre as participantes dessa rede; aproximamo-nos de sua economia das trocas e, com as falas de zineiras não-heterossexuais, contamos uma história com impulsos de fúria e saudade. |