Moedas locais complementares como ativadoras da economia local?
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Ciências Econômicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Econômicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21715 |
Resumo: | As moedas complementares locais ganharam novo destaque desde a crise financeira de 2008, principalmente nas regiões que mais sofrem com a consequência dessas crises, geralmente locais com baixo índice de desenvolvimento socioeconômico. Este estudo centra-se na análise das moedas locais complementares como ativadoras da economia local, tendo como referência principal a experiência brasileira dentro de bancos comunitários de desenvolvimento (BCD). Além disso, busca-se obter um panorama dos BCD e suas moedas locais conversíveis físicas e identificar os principais fatores que contribuíram para a situação atual de cada iniciativa. Como parte desta tese, realizou-se pesquisa de caráter metodológico quantitativo, com estratégia descritiva ex post facto, que mapeou os BCD que possuíam moeda local conversível física e a sua situação no momento da pesquisa. O resultado obtido foi que, dos 110 BCD identificados com esse perfil, 32 (29%) continuam em operação, 53 (48%) estão fechados, 2 (2%) estão com suas atividades paradas e 23 (21%) permanecem com sua situação indefinida, pois não foi possível confirmar sua situação com nenhuma fonte. Ainda, a partir de pesquisa qualitativa de natureza exploratória, identificou-se que, dentre os bancos considerados fechados, os motivos para o seu fechamento estão atrelados a falta de recursos financeiros, de pessoal e de tempo, insegurança, mudança de gestão ou falta de cumprimento do convênio pela prefeitura, falta de apoio do governo, dificuldade, incapacidade ou conflitos na gestão do banco, falta de articulação política ou mesmo não aceitação do projeto pela comunidade. Já os fatores de sucesso estão atrelados a uma forte liderança comunitária existente ou identificada no processo, uma organização comunitária já atuante na região e forte trabalho de engajamento do território. Também, analisou-se os novos desenvolvimentos das moedas locais na sua versão eletrônica e atreladas a programas governamentais municipais de transferência de renda. Conclui-se que as moedas locais podem ser sim ativadoras da economia local, dependendo principalmente da quantidade de recursos transacionados nessa moeda local. |